12 | I Série - Número: 061 | 26 de Março de 2009
Aquilo que quero aqui dizer, se bem me faço entender, é que em relação às práticas políticas, evidentemente, isso também seria possível.
Aplausos de Os Verdes e de alguns Deputados do PCP.
O Sr. Presidente: — Neste caso, bem se pode dizer que os penúltimos são os primeiros.
O nosso Conselho de Administração, constituído por Deputados de todos os grupos parlamentares, por um representante dos trabalhadores da Assembleia e pela Secretária-Geral, órgão de administração da Assembleia, foi inexcedível em tudo o que teve a ver com aquilo a que, em arquitectura e em trabalhos públicos, se chama a definição do programa em nome do dono da obra. Quero realçar o espírito construtivo com que todos participaram nessas tarefas, dando uma palavra ao seu presidente, José Lello.
A propósito deste evento, e também tendo a noção de que supriremos rapidamente todas as deficiências que forem registadas em relação aos grupos parlamentares e aos Srs. Deputados, quero recordar uma frase muito bonita que o Deputado José Lello sempre me transmitiu, citando um seu avô, a qual se aplica a esta obra e a este restauro.
Um avô de José Lello, quando apareciam na sua quinta pessoas a fazer comentários sobre tudo, a dizer «não devias ter aquele burro», «devias ter aquela árvore», «devias ter feito assim ou assado», resolveu responder a isso de uma forma clara: pondo um letreiro à entrada da propriedade, que dizia «agradece-se opinião não de quem saiba mais mas de quem tenha feito melhor».
Risos e aplausos do PS.
Por isso, homenageando o nosso Conselho de Administração, dou a palavra ao seu presidente, o Sr. Deputado José Lello.
O Sr. José Lello (PS): — Muito obrigado, Sr. Presidente, por essa viagem às minhas reminiscências.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em nome do Conselho de Administração, agradeço as palavras proferidas por todos os Srs. Presidentes dos Grupos Parlamentares.
Aproveito para me congratular com o modo e a forma de que esta inauguração se revestiu, demonstrando, naturalmente, o apreço de todos os Srs. Deputados pelas novas instalações, pela melhoria, pela qualificação e, sobretudo, pelo facto de se terem preservado a traça e a qualidade magníficas, referências desta Sala.
Agradeço o empenho de todos os trabalhadores, da Sr.ª Secretária-Geral e de todos aqueles que trabalham nesta Casa, especialmente a resposta entusiástica às sugestões inovadoras de última hora — estou a recordar-me do cartão único, que é grande plano tecnológico da Assembleia — , tendo os serviços respondido de uma forma extraordinária e rápida.
Gostaria de dizer que este espírito salutar revela como, nesta Casa da democracia, existe um clima de cooperação e de abertura exemplar.
Saúdo a receptividade dos Srs. Deputados e dos próprios utentes, da comunicação social, que têm tido palavras de apreço por esta nova Assembleia, por esta nova Casa da democracia.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Agora, convido a usar da palavra, para se associar a este pequeno acto inaugural, em nome do Governo, o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Gostaria de me associar, em nome do Governo, a esta sessão.
Começo por felicitar toda a Assembleia da República, na pessoa de V. Ex.ª, Sr. Presidente, por este novo passo em frente no apetrechamento do Parlamento com todos os meios tecnológicos e todos os recursos físicos necessários ao pleno exercício das suas funções. Gostaria também de integrar nesta saudação todos aqueles que, aos mais diferentes níveis, participaram nesta obra de qualificação. Dos construtores desta nova Tebas nenhum Brecht poderá dizer que ficaram ignorados.