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85 | I Série - Número: 089 | 5 de Junho de 2009

O Sr. João Serrano (PSD): — No entanto, esta transferência deve respeitar os mais rigorosos critérios técnico-urbanísticos de salvaguarda de um espólio de incalculável valor patrimonial e permitirá triplicar o espaço de exposição, que passará a ser de cerca de 8000 m2.
Terceira e última questão: faz sentido a construção do novo Museu dos Coches no espaço das antigas oficinas do exército? Faz todo o sentido, numa perspectiva de valorização turística e cultural de Lisboa e de Portugal.
Aliás, a história da mudança do Museu dos Coches é longa. Tem pelo menos 15 anos: em 1994, o Secretário de Estado da Cultura Pedro Santana Lopes adquiriu ao então Ministério da Defesa o espaço das Oficinas Gerais do Exército; em 1998, o governo decidiu construir o futuro museu dos coches; em 2006, foi anunciado que o novo museu seria construído exclusivamente com o dinheiro das contrapartidas da concessão do Casino de Lisboa, dado que o protocolo da concessão estipula a construção do novo museu de raiz.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — E isso é um bom exemplo?

O Sr. João Serrano (PSD): — Como faz todo o sentido este projecto, porque permitirá erguer um projecto de arquitectura feito pelo prestigiado Arquitecto Paulo Mendes da Rocha — um dos três arquitectos do espaço lusófono que ganharam o mais importante prémio de arquitectura mundial, o prémio Pritzker — , e por convite, porque o convite tem uma base legal.
Aliás, não ouço muitos Srs. Deputados a colocarem a questão dos convites. Quando Siza Vieira é convidado para muitos projectos, quando Frank Gehry é convidado para o projecto do Parque Mayer, quando Norman Foster é convidado para o projecto do aterro da Boavista, aí não há manifestações.

Aplausos do PSD.

O que importa não é o convite. O que importa, para os Srs. Deputados, é quem faz o convite.
Faz também todo o sentido, porque este projecto permitirá a regeneração urbana da zona de Belém, até agora murada, abrindo amplos espaços públicos no eixo este-oeste (Belém-CCB-Cordoaria) e no eixo norte/sul, da Calçada da Ajuda à Rua da Junqueira, criando uma praça pública de mais de 8000m2 e espaços para exposições itinerantes.
Faz todo o sentido, porque se perspectiva aumentar o número de visitantes do Museu para cerca de 1 milhão de visitantes/ano, o que representa um significativo aumento face ao número actual, que é de 250 000 visitantes/ano, colocando o Museu dos Coches como o museu mais visitado do País, tanto por portugueses como por estrangeiros; Faz todo o sentido, porque permitirá aumentar significativamente o espaço disponível para exposição, passando dos actuais 1700m2 para 4320m2, criando um novo espaço museológico, moderno, adoptando as mais recentes técnicas museológicas como o multimédia e permitindo, como foi dito na visita, que no actual sítio onde se encontra o Museu dos Coches seja construído um anexo ao próprio Museu.
Faz, ainda, todo o sentido, porque permitirá juntar num só espaço mais de 70 coches que se encontram dispersos, muitos deles nunca vistos por muitos portugueses, e porque vai valorizar a mais completa e importante colecção de viaturas de gala dos séculos XVII, XVIII e XIX existentes no mundo.
Estamos, pois, perante uma requalificação urbanística e arquitectónica da cidade de Lisboa e uma profunda valorização do nosso património cultural, numa perspectiva turística e cultural que muito beneficiará o nosso País.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Sr. as e Srs. Deputados, concluído este ponto, está terminada a nossa ordem do dia de hoje.
A próxima reunião plenária realiza-se amanhã, às 10 horas, e da ordem dia consta um agendamento potestativo do PSD para discussão, conjunta, na generalidade, do projecto de lei n.º 782/X (4.ª) — Preferência pelo recurso à utilização de materiais resultantes de reciclagem na contratação pública (PSD) e dos projectos

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