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66 | I Série - Número: 091 | 15 de Junho de 2009

Desde essa data, a vila de Samora Correia passou a ser a sede da maior freguesia do concelho de
Benavente, com uma área de 322,4 km2 e uma população que se elevava, em 2001, a 12 826 habitantes,
representando 55% da população do concelho.
O desenvolvimento de Samora Correia pode ser entendido pelo aumento do bem-estar na freguesia e
expresso por indicadores como o rendimento per capita, disponibilidade de serviços sociais e a adequação dos
seus sistemas legais e administrativos.
Nessa medida, a freguesia de Samora Correia constitui, no distrito de Santarém, um dos pólos de
desenvolvimento por excelência, dada a sua localização e as suas potencialidades intrínsecas na região.
De facto, a vila de Samora Correia mudou muito nestas últimas décadas.
A construção da ponte sobre o rio Tejo, em Vila Franca de Xira, em 1951, que se segue à construção da
EN10, que estabelece a ligação entre o Norte e o Sul do País e a Espanha, e a melhoria da EN118, que liga a
Península de Setúbal ao centro do País, conferiram a Samora Correia uma centralidade que se constituiu no
principal factor impulsionador das alterações verificadas nas últimas décadas.
Mais recentemente, a construção da Ponte Vasco da Gama, com a extremidade sul, próximo do limite da
freguesia, a construção da A13, que liga Santarém à A2, e da A10, que liga a A9, e a A1 à A13 — infra-
estruturas rodoviárias que passam no interior da freguesia —, acentuaram a centralidade adquirida na
segunda metade do século passado.
Esta localização privilegiada de Samora Correia associada ao desenvolvimento dos transportes rodoviários,
às características planas dos solos, ao aumento do preço da construção na Grande Lisboa e à capacidade
local de construir e melhorar as infra-estruturas básicas conferiram uma elevada atractividade.
Esta contribuiu, de forma decisiva, para o desenvolvimento da freguesia no plano da construção, das
actividades económicas, indústria e armazenagem, comércio e serviços e, consequentemente, para um
acentuado crescimento demográfico.
Este crescimento tenderá a incrementar-se, com a recente decisão governamental, para a construção do
novo aeroporto internacional de Lisboa, cuja localização criará sinergias que logicamente influenciarão a
evolução e desenvolvimento da freguesia de Samora Correia.
Durante o processo que originou o projecto de lei apresentado pelo PSD e que hoje foi votado, ouvimos os
legítimos representantes das populações de Samora Correia e recolhemos contributos recebidos de todos os
cidadãos que quiseram participar no processo, sendo por isso de elementar justiça que lhes façamos — a
todos eles — um reconhecido agradecimento.
Por tudo isto, a elevação a cidade da vila de Samora Correia, na freguesia de Samora Correia, no concelho
de Benavente e distrito de Santarém, assenta em razões de ordem histórica, geográfica, demográfica,
económica, social e cultural mas, também, pela sua viabilidade político-administrativa e pela circunstância das
suas repercussões administrativas e financeiras não colidirem com interesses de ordem geral ou local.

Os Deputados do PSD, Vasco Cunha — Miguel Relvas — António Campos.

——

Relativamente à votação dos projectos de lei n.os 395/X (2.ª) (PCP), 746/X (4.ª) (PS) e 753/X (4.ª) (PSD),
sobre a elevação da vila da Senhora da Hora, no município de Matosinhos, distrito do Porto, à categoria de
cidade, direi o seguinte: esta é, de facto, uma data histórica para a Senhora da Hora. Esta é uma data histórica
para a qual o Grupo Parlamentar do PCP se orgulha de ter contribuído de forma decisiva ao ter tornado a
iniciativa, em Julho de 2007, de apresentar um projecto de lei para que a Senhora da Hora passasse a ser
cidade.
Quase 170 anos depois de, pela primeira vez, ter sido elevada à categoria de vila e de, na mesma ocasião,
ter também sido a primeira sede do concelho de Bouças que depois daria origem ao município de Matosinhos,
a Senhora da Hora vê, finalmente, reconhecido um estatuto administrativo que já há muito tempo tinha de
facto.
Importa também referir que esta data histórica de 12 de Junho de 2009 ocorre 156 anos depois de a
Senhora da Hora ter sido alvo de uma afronta administrativa que injustamente a desclassificou, retirando-lhe
não só a categoria de sede do concelho de Bouças como também a categoria de vila.

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