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54 | I Série - Número: 093 | 19 de Junho de 2009

democracia portuguesa, um homem com um passado e com uma vida política, cívica e profissional muito relevante.
Teve um papel muito marcante na sua geração, desde a juventude, nos anos 60. Foi presidente da Associação Académica de Coimbra, eleito em Maio de 1961. Foi um destacado opositor ao regime da ditadura. Esteve na construção da democracia. Foi Deputado da Assembleia Constituinte. Esteve na fundação do Partido Socialista.
Deu o melhor de si próprio e o seu indiscutível contributo quer profissional, como advogado, quer como político, como Deputado desta Câmara. Muitos de nós viveram e conviveram com ele aqui e tiveram oportunidade de acompanhar a sua irreverência, a sua ironia, o seu sentido lutador e o seu sentido cívico.
O desaparecimento de Carlos Candal é para nós uma perda, é um pouco da história de cada um de nós que desaparece, como quando desaparecem pessoas que partilharam connosco grandes momentos da nossa vida cívica, política, cultural, até dos afectos, da amizade.
Por isso, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista presta esta homenagem a Carlos Candal, à sua família, aos seus amigos, ao Afonso Candal, nosso colega de direcção, nosso amigo, filho de Carlos Candal, e dirigimos-lhe os votos de uma perda, para nós irreparável, que nos magoa, que nos deixa tristes. Mas a vida é feita de tudo isto. Carlos Candal continuará a conviver e a viver connosco, em todos os momentos.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Montalvão Machado.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, morreu o Sr. Dr.
Carlos Candal. Morreu um aveirense ilustre, como ele nunca quis deixar de ser. Morreu um advogado ilustre também, o «advogado do charuto», como eu o conheci quando comecei a advogar há mais de três décadas.
Tive o privilégio de estar muitas vezes com ele em tribunal. Um homem difícil de bater, polémico em tudo na vida, polémico nos tribunais, polémico no seu quotidiano, polémico na política, irreverente mesmo, não poucas vezes, mas um homem frontal, um homem sincero e, como disse o Sr. Deputado Alberto Martins, uma referência da democracia portuguesa.
Acabo de saber que a própria Câmara Municipal de Aveiro, sua terra natal, decretou luto por três dias, pela morte do Dr. Carlos Candal.
Na política, depois de ter sido Deputado da Assembleia Constituinte, da Assembleia da República, do Parlamento Europeu e Presidente da Assembleia Municipal da sua terra, humildemente, com humildade democrática, assumiu aí funções de deputado municipal.
É por tudo isto, Sr. Presidente, que o Grupo Parlamentar do PSD endereça ao Partido Socialista, à família do Dr. Carlos Candal, ao nosso colega Carlos Candal os nossos profundos sentimentos.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Carlos Candal foi fundador do Partido Socialista, foi, durante muito tempo, membro do seu grupo parlamentar, Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, um conjunto de intervenções que levaram a que fosse uma das figuras da nossa democracia.
Também por muitos é conhecido como o advogado que sempre tudo punha nas suas causas e que, muitas vezes, com o seu feitio frontal, por vezes até truculento, nunca levava à indiferença. Por todas estas razões, neste momento, o Grupo Parlamentar do CDS envia votos de condolências à sua família, em especial ao nosso colega Deputado Afonso Candal e, como é óbvio, também ao Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, o falecimento do Sr. Dr. Carlos Candal é um momento de grande pesar. Tivemos oportunidade de conviver com ele nesta Assembleia, de travar com ele debates onde o seu desassombro e a sua frontalidade no combate político foram manifestos.
De facto, o Dr. Carlos Candal foi um homem cívica e politicamente empenhado aos mais diversos níveis, desde jovem, enquanto dirigente estudantil, enquanto resistente anti-fascista, com um papel destacado no

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