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15 | I Série - Número: 102 | 10 de Julho de 2009

ferroviários, mas também — infelizmente, os exemplos multiplicam-se —, como V. Ex.ª falou e é verdade, nos CTT (mas outros há»!), demonstrando cabalmente que esta fachada que o Partido Socialista e o Governo têm vindo a encenar dizendo que são contra o neoliberalismo, que são a favor da intervenção do Estado, não passa de uma estratégia temporária com fins claramente eleitoralistas para negarem o que este mandato demonstrou à evidência, que é a cedência aos grandes poderes económicos, que é a secundarização do interesse público face aos interesses privados.
É profundamente grave que, com este Decreto-Lei, o Governo tenha escancarado as portas à privatização e à venda a retalho da CP, com autonomização — chamamos nós, com o desmembramento — dos seus serviços, que tem, aliás, vindo paulatinamente a ser prosseguido com pequenos passos e que este DecretoLei vem assinalar como um marco triste em todo este processo.
Quero dizer também que isto demonstra um preconceito do Partido Socialista em relação à gestão pública: vai entregar aos privados linhas que dão rentabilidade e sustentabilidade económica à CP para lhes permitir prestar serviço público podendo essa rentabilidade económica não ser tão evidente, ficando as linhas com défice para o público para depois, mais tarde, se encerrar definitivamente. É profundamente vergonhoso! Tal como é vergonhoso que o Partido Ecologista «Os Verdes» tenha pedido, através de requerimento, relatórios com base nos quais o Governo tomou uma decisão, profundamente grave, de encerramento de linhas e que o Governo «se faça de novas», não entregue os relatórios e responda como se tivesse sido feita uma pergunta, o que não sucedeu.
Os Verdes voltarão à carga com esta situação, que é uma violação do Regimento e da Constituição e é um desrespeito para com o Parlamento e para com os cidadãos.

O Sr. Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Normal seria que eu utilizasse este tempo de declaração política do CDS ou para apresentar um projecto de lei do partido aqui, no Parlamento, ou para fazer uma crítica ao Governo, como membro de um partido da oposição. Hoje, não falo nem a um título nem a outro.
Devo dizer-vos que esta é a intervenção mais difícil que farei neste Plenário. Por várias razões: em primeiro lugar, não gosto muito de falar na primeira pessoa do singular; em segundo lugar, tenho estado dividido, durante os últimos dias. Eu diria que estou a viver durante esta semana — e a minha bancada vai perdoar-me — «o primeiro dia do resto da minha vida«» Queria, fundamentalmente, dar-vos, hoje, uma palavra de agradecimento.
Compreenderão que o meu primeiro agradecimento é à bancada do CDS.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Obrigado!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Durante seis anos, fui, e sou, Deputado, e com muito gosto, desta bancada parlamentar.
Deixo uma palavra a todos aqueles que me antecederam no lugar de líder parlamentar e, evidentemente, àquele que me irá suceder na direcção da mesma bancada.
Deixo também uma palavra aos Deputados do CDS por toda a confiança que deles tive durante estes dois anos de mandato. São 10 Deputados, posso afiançar, preocupados; são 10 Deputados que muito me auxiliaram; são 10 Deputados fantásticos! Ao Grupo Parlamentar do CDS, uma palavra de um sincero «Muito obrigado»! Mas quero também, e com um critério objectivo, deixar uma palavra a todas as outras bancadas, que vou personificar naqueles que foram líderes parlamentares durante este meu mandato: o Sr. Deputado Luís Fazenda, pelo Bloco de Esquerda; o Sr. Deputado Bernardino Soares, pelo PCP; a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, pelo Partido Ecologista «Os Verdes»; o Sr. Deputado Alberto Martins, pelo Partido Socialista; os Srs. Deputados Luís Marques Guedes, Pedro Santana Lopes e Paulo Rangel, pelo Partido Social Democrata.
Com todos tive ensinamentos, todos me foram dando lições e todos me permitiam dar uma explicação, que as pessoas não compreendem muito bem. Perguntam-me sempre: «Mas, então, discutem tanto! E, depois,

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