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56 | I Série - Número: 102 | 10 de Julho de 2009

O Sr. Jorge Machado (PCP): — » as propostas de 2006, de 2007, de 2008 e de 2009, para que a Sr.ª Deputada possa distribuí-las à população de S. Pedro da Cova com um rótulozinho, dizendo «voto contra do Partido Socialista» O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isso é que era!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — » a uma proposta do Orçamento do Estado que poderia e deveria ter resolvido o problema do Cavalete do Poço de S. Vicente em S. Pedro da Cova».

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Alda Macedo.

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Permita-me que comece por dirigir um cumprimento, em nome do Bloco de Esquerda, aos cidadãos de S. Pedro da Cova que se dirigiram hoje à Assembleia da República e que têm aqui um momento que é particularmente exemplificativo de que este ano é um ano cheio.
Na verdade, este ano cheio de momentos eleitorais dá lugar a pequenas disputas desta natureza e vale a pena reequacionar e recolocar as coisas na justa dimensão que elas merecem, porque Gondomar foi, ou tem sido, durante anos, um concelho vítima de abandono, vítima do maior desleixo! É com atraso que o Partido Socialista chega a uma área onde já devia ter chegado há mais tempo,»

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Oh!»

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — » mas ainda bem que chega! As iniciativas legislativas que hoje aqui discutimos — dois projectos de resolução e um projecto de lei — dão corpo a uma necessidade que é absolutamente central para o concelho de Gondomar, em particular para uma população que vive e conhece a sua história.
Estamos a falar de um património arqueológico absolutamente notável, que está desaproveitado e que foi completamente votado ao abandono ao longo de sucessivos anos e que já devia ter merecido uma intervenção.

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Fomos nós que o trouxemos aqui agora!

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — Ao contrário do que disse a Deputada Isabel Santos, esta intervenção não se justifica apenas porque se acumulou ali um passivo ambiental que é urgente resolver, mas também, e sobretudo, porque este património arqueológico se prende com a nossa história colectiva de construção de identidade em relação a um passado, a uma vida, a um momento do que foi o desenvolvimento da industrialização, através da exploração dos recursos que havia naquele território e que o deixou ligado a tudo o que resta ou sobra dos equipamentos que existiram.
Esse património é também uma memória do que foram as grandes lutas operárias do século XX. Foram lutas operárias essenciais, porque fizeram prevalecer o que o capitalismo, nos anos mais recentes, tem tentado desvalorizar: o valor intrínseco do trabalho para a criação da riqueza.

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Exactamente!

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — É esse valor intrínseco do trabalho para a criação da riqueza que está bem patente neste património, que deve e merece fazer parte da recuperação desta memória, porque ela valoriza o papel do trabalho e, sobretudo, porque é uma lição de como se conquistaram direitos de protecção face ao desemprego, direitos de protecção face ao desvalor e ao acidente de percurso social.
Essa história merece ser preservada, mantida e alimentada, porque ela faz parte da nossa evolução. Mas ninguém é dono dela, Sr. Deputada Isabel Santos, ninguém é proprietário do que é a memória da história do

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