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71 | I Série - Número: 104 | 23 de Julho de 2009

Secretária de Estado diz que esta é uma linha para manter, a EDP diz que é uma linha para submergir. É que, neste caso, nem a linha nem os comboios sabem nadar, tal e qual acontecia com as gravuras de Foz Côa! Há que tomar aqui algumas decisões e, nessa medida, era necessário que o Governo nos desse essa informação e nos tivesse dado um exemplo, em termos da prática administrativa e governativa, que fosse coincidente com que vinha praticando. Ou seja, vinha dizendo que iria fazer investimentos, mas eles não foram feitos; vinha dizendo que a Linha iria reabrir, mas a Linha não reabriu! E estamos nesta situação há quase um ano e as populações locais não sabem o que as espera relativamente a esta matéria, o que é também motivo de angústia para todos os peticionantes.
Nesta medida, o CDS irá continuar a acompanhar esta situação e não deixará de, em próximas legislaturas, fazer cumprir aquele que é o desejo destas populações e o interesse de todo o Vale do Tua.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Vaz.

O Sr. Luís Vaz (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A Linha do Tua teve a sua construção no final do século XIX e foi-se mantendo como linha estreita ao longo do tempo, servindo as populações daquela região, do distrito de Bragança, numa paisagem magnífica, com um traçado ímpar de beleza.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Luís Vaz (PS): — Entretanto, o mundo evoluiu, não paralisou. As estruturas rodoviárias foram avançando e a modernização da Linha passaria, eventualmente, pelo seu alargamento e pela destruição da sua beleza, que reside, precisamente, no tipo de Linha que ali existe.
A via-férrea deixou de ter utilização, deixou de ser útil para as pessoas que ali vivem e trabalham, que optaram pelo transporte rodoviário.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Falso!

O Sr. Luís Vaz (PS): — Assim, a Linha do Tua foi encerrada em devido tempo, e não interessa imputar culpas a um governo de esquerda ou de direita — neste caso, de direita.
Posteriormente, por acção da Câmara Municipal de Mirandela, foi transformado um pequeno troço em metro de superfície, mais tarde alargado até ao Tua, sem as necessárias adaptações ou as necessárias intervenções na própria linha férrea, o que acabou por provocar alguns acidentes mortais — sendo os mortos, sobretudo, funcionários da CP, que são os seus principais utentes.
Aquela linha férrea não tem interesse para o transporte das populações, mas poderá ter interesse turístico.
Mas o que é certo é que, em termos de fluxos turísticos, até hoje não se conhece um único operador turístico que se tenha interessado pela sua exploração.

Vozes do PS: — Verdade!

O Sr. Luís Vaz (PS): — Por outro lado, Sr.as e Srs. Deputados, o Governo — e bem — optou por uma política energética para o desenvolvimento do País com carbono baixo, investiu na energia das ondas, com experimentação e estudo (que irá dar os seus frutos, certamente), investiu fortemente na energia eólica, tendo o País coberto de aerogeradores, e investiu também na energia hídrica, todas elas energias limpas. Ninguém hoje quer sobreviver ou pretende viver sem essas energias!

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Queira fazer o favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Vaz (PS): — Concluo já, Sr. Presidente.
O programa de barragens é importante não só pela produção de energia, mas também pela reserva hídrica que vai permitir e que trará efeitos benéficos não só no amainar das alterações climatéricas e no combate aos fogos como também nos investimentos locais adjacentes que irão surgir para potenciar o turismo e o desenvolvimento regional.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.

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