O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

41 | I Série - Número: 004 | 12 de Novembro de 2009

Carlos Duarte Marques, Olímpio dos Santos, António Mateus Gonçalves, Carlos Alberto Alves e António Cristiano Ribeiro, trabalhadores dignos, competentes e procurados pelo seu profissionalismo, portugueses que levam o bom nome do nosso país além fronteiras, que constroem nações e deixam por onde passam pedaços da nossa identidade perderam a vida.
Fernando António Ferreira, Manuel António Teixeira, António Júlio Andrade, Benjamim Monteiro Pereira, Alberto Pereira Braz, Daniel Meireles Coelho, feridos, alguns com gravidade, transportam agora o peso de uma vivência dolorosa.
A Assembleia da República agradece ao Governo do Principado de Andorra e ao Primeiro-Ministro Jaume Bartumeu os incansáveis esforços feitos para apoiar os portugueses e presta, às vítimas deste trágico acidente, a sua mais sentida homenagem, muito particularmente aos familiares e amigos, a quem envia sinceras condolências.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto que acabámos de apreciar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Sr.as e Srs. Deputados, temos quatro votos respeitantes ao 20.º aniversário da queda do Muro de Berlim, apresentados, respectivamente, pelo CDS-PP, pelo PSD, pelo BE e pelo PS. Cada grupo parlamentar dispõe de 2 minutos para proceder à apresentação dos seus votos.
Tem a palavra o Sr. Deputado Ribeiro e Castro, a quem tenho todo o prazer de dar a palavra.

Risos do CDS-PP.

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Eu sei, eu sei, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Caros Colegas: Atravessei o Muro de Berlim antes, quando ele lá estava, e depois, quando já não estava, e não percebíamos bem o que se tinha passado e como tinha sido possível.
Nesta invocação, podíamos lembrar muitos que contribuíram decisivamente para a queda do Muro e para que acabasse o terror e a violência dos regimes comunistas do Leste da Europa, designadamente João Paulo II, Ronald Reagan, Margaret Thatcher ou, do lado de lá, Lech Walesa ou Gorbachov. Mas escolhi dois democrata-cristãos alemães, porque a questão é, em primeiro lugar, alemã.
A primeira vez que atravessei o Muro de Berlim foi em 1982, para representar o CDS no Congresso da CDU que confirmou Helmut Khol como candidato a Chanceler, que viria a ser nesse ano. Esse congresso teve como lema für Frieden und Freiheit, ou seja, pela paz e pela liberdade. Parecia profético de que seria Helmut Kohl a presidir aos destinos da Alemanha sete anos depois, na altura da queda do Muro de Berlim.
Mas queria ainda invocar outro democrata-cristão, Konrad Adenauer, um grande construtor da Europa, que desde a queda do Muro está mais completa.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — O discurso que ele fez no mês da construção do Muro, no Bundestag, em 18 de Agosto de 1961, terminou com estas palavras, dirigindo-se à gente de Berlim Leste: «O vosso sofrimento é o nosso sofrimento. Na vossa situação, tão penosa, vocês ainda tinham uma consolação na ideia de que podiam fugir. Agora, querem tirar-vos até essa ideia de que podem fugir. Peço-vos insistentemente: não percam a esperança num futuro melhor para vocês e para os vossos filhos. Nós estamos certos de que os esforços do mundo livre, e em particular os nossos próprios esforços, acabarão um dia por triunfar e devolver-vos a liberdade.» Assim foi. Com a solidariedade de todos, 28 anos depois, assim foi!

Páginas Relacionadas
Página 0040:
40 | I Série - Número: 004 | 12 de Novembro de 2009 Na verdade, os primeiros sinais que rec
Pág.Página 40