O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

52 | I Série - Número: 010 | 28 de Novembro de 2009

Hoje, por vezes, criticamos os partidos e o seu funcionamento, as deficiências da democracia e, até, às vezes, a liberdade de expressão. Tenhamos, no entanto, a consciência, Srs. Deputados, de que esse é um valor precioso, que custou a construir. Foi construído não só na data em que caiu, como um castelo de cartas, um regime que estava absolutamente obsoleto, mas ao longo de todo um processo, cujo corolário foi o dia 25 de Novembro, que proporemos que continue a ser lembrado, porque é uma data tão relevante como o 25 de Abril, sendo importante que os portugueses não esqueçam e as novas gerações conheçam.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Matos Correia.

O Sr. José Matos Correia (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Infelizmente, banalizou-se um pouco a apresentação de votos de diversa índole neste Parlamento. Não é, manifestamente, o caso deste voto de congratulação, porque o 25 de Novembro não é uma data qualquer na nossa história e, por isso, deve ser devidamente relembrado.
Se hoje aqui estamos enquanto representantes eleitos e podendo exercer democraticamente e em liberdade o nosso mandato de representação do povo, estamo-lo, em primeiro lugar, por causa do 25 de Abril e da coragem daqueles que souberam revoltar-se contra um regime caduco que oprimia Portugal há quase 50 anos.
Mas também estamos aqui por causa daqueles que, no dia 25 de Novembro, se revoltaram contra quem queria atraiçoar a vontade popular. Se estamos aqui hoje, estamos também por causa daqueles que souberam interpretar os resultados das eleições para a Assembleia Constituinte do dia 25 de Abril de 1975. Se estamos aqui hoje, estamos também por causa daqueles que se recusaram a aceitar que uma ditadura de direita pudesse ser substituída por uma outra ditadura, de esquerda,»

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José Matos Correia (PSD): — » porque, para nós, só há um tipo de ditaduras — todas são más.
Não há ditaduras más porque são de direita e ditaduras boas porque são de esquerda.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José Matos Correia (PSD): — Se hoje estamos aqui é também graças a esses homens de coragem que, no 25 de Novembro, se revoltaram contra aqueles que queriam que o País seguisse um caminho que era contrário ao que tinha sido prometido no dia 25 de Abril.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José Matos Correia (PSD): — Este voto é mais do que útil e, por isso, a expressão da nossa vontade deve ser aqui, hoje, deixada.
Para quem, no dia 25 de Novembro, soube revoltar-se contra aqueles que queriam conduzir Portugal para uma ditadura e em nome de todos aqueles que, na sociedade civil, nos apoiaram, estamos aqui hoje, e a todos deixamos um bem-haja. Hoje somos aquilo que somos e estamos aqui como estamos, porque eles o fizeram.
Um bem-haja em nome da Assembleia, um bem-haja em nome da democracia, mas um bem-haja também em nome de Portugal!

Aplausos do PSD e de Deputados do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.

Páginas Relacionadas
Página 0060:
60 | I Série - Número: 010 | 28 de Novembro de 2009 As Nações Unidas mantêm a MINURSO (Miss
Pág.Página 60