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42 | I Série - Número: 010 | 28 de Novembro de 2009

Aplausos do BE.

Não estão aí, pois não? Votaram contra, tinham razão, demos-lhes razão e quero aqui sublinhar o enorme significado democrático que essas vozes trouxeram ao debate político em Portugal.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco de Assis para defesa da honra da bancada.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Presidente, o Sr. Deputado Francisco Louçã, a dado passo da sua intervenção, naquela retórica que muitas vezes o caracteriza, no estilo de um pregador fanático que vem aqui impor as suas verdades em absoluto ao Parlamento,»

Vozes do PS: — Muito bem!

Protestos do BE, batendo com as mãos nos tampos das bancadas.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — » dirigiu uma grave acusação a esta bancada, dizendo que queríamos silenciar os outros recorrendo à brutalidade e à prepotência.

O Sr. José Gusmão (BE): — Foi o Sr. Ministro! Disse para estarmos calados!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — A defesa da honra da minha bancada é muito simples: isso, para nós, é um insulto, pois orgulhamo-nos de fazer parte de uma família política que nunca teve a mais pequena dúvida em combater todos os tipos de regimes em que as oposições eram caladas da forma mais prepotente e mais brutal. Pudessem outros, nesta Câmara, dizer o mesmo!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — É com todo o gosto que o faço, Sr. Presidente.
Sr. Deputado Francisco de Assis, agradeço-lhe a defesa que fez da bancada do Bloco de Esquerda, porque garantiu que nunca concordará com tentativas de silenciamento. Sabendo que o Ministro Jorge Lacão tinha acabado de dizer que temos de ficar calados, isso é certamente a prova de que há aqui um grande consenso contra a vontade do Ministro do seu Governo de impor silêncio às bancadas. Ainda bem que é assim.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O Sr. Deputado especializou-se, há pouco tempo, em identificar processos virtuais de decapitação na sociedade portuguesa.
Acho que nestas alturas era bom ter a cabeça fria, ter a cabeça no seu lugar, evitando, a todo o custo, qualquer decapitação. Quando o senhor desliza — e sabe que está a deslizar, não sabe, Sr. Deputado? — para o «pregador fanático», qual é a necessidade que tem de fazer acusações pessoais, de tentar criar uma etiqueta?

Protestos do PS.

Quando diz «pregador fanático» não tem, com certeza, nada de pessoal? É político? Vamos então à questão, porque sobre ela o senhor alegou defesa da honra mas não quis defender-se.
Porque é que não quis defender-se?

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