O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — E não nos venham dizer, Sr.as e Srs. Deputados, que não há meios para fiscalizar estas declarações. Com todo o respeito e em termos práticos, se não há meios, basta recrutar, nos centros de emprego, licenciados em Direito para procederem à comparação das declarações.

Aplausos do CDS-PP.

Em terceiro lugar, neste contexto, o CDS entende que também o registo de interesses deve ser universal para quem exerce cargos políticos. Por isso, estendemos a sua obrigação, pelo menos, aos presidentes de câmara e vereadores, facto que, hoje, é meramente opcional.
Em quarto lugar, uma das reformas que consideramos ser da maior importância, inspirada na legislação espanhola e que tem sido bastante eficaz, é a defesa da consagração do chamado «crime urbanístico», que visa garantir o império da lei no âmbito dos licenciamentos e autorizações urbanísticas que resultam em certo tipo de operações imobiliárias.
Sejamos claros, o dirigente político, ou o técnico, ou o perito que favorecerem licenciamentos ou autorizações urbanísticas contra a lei e os instrumentos de planeamento territorial, nomeadamente os PDM e os planos de pormenor, têm de ser sancionados. Acreditamos que esta reforma pode transformar o estado actual de depravação urbanística.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — É também evidente que defendemos, e apresentaremos uma proposta neste sentido, o endurecimento das penas dos chamados «crimes de corrupção ou conexos». Faz algum sentido que o crime de suborno seja punido com uma pena máxima de dois anos, que, obviamente, não permite a prisão preventiva? É evidente que não!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — O CDS considera igualmente, Sr.as e Srs. Deputados, que um presidente de câmara ou um vereador condenado por crimes cometidos no exercício das suas funções, e por causa delas, deve ser considerado inelegível para as eleições imediatamente a seguir e ver o seu mandato suspenso. Dizemos isto porque, quando se é condenado por sentença de um tribunal, isso quer dizer que, antes, já se foi constituído arguido, acusado, eventualmente pronunciado e julgado, o que significa que, mesmo apesar de todas as oportunidades de defesa, a suspeita se confirmou. Esta consequência já se aplica a outras figuras do Estado e, portanto, não se vislumbra por que razão não deverá também ser aplicada aos autarcas.

Aplausos do CDS-PP.

Por fim, Sr. Presidente, a questão central: os meios.
A situação que vivemos actualmente na investigação criminal é a de um Governo que faz leis, mas recusa meios. E, depois, temos operadores judiciários que criticam as leis e reclamam os meios.
É preciso, de uma vez por todas, acabar com este ciclo vicioso, ou seja, fazer leis, ouvindo os operadores judiciários e policiais, e só fazer leis que vão acompanhadas dos meios que permitam cumpri-las. É isso que faz um sistema de justiça credível.
Neste sentido, o CDS apresentará também um projecto de resolução identificando, em concreto, o número de investigadores da Polícia Judiciária, técnicos do Laboratório de Polícia Científica, onde são feitas as perícias científicas, e procuradores adjuntos em falta em dezenas de comarcas — obviamente, aconselhando o Governo a efectuar o preenchimento dos quadros em falta.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Termino, dizendo que estes são, no essencial, os nossos projectos.
Não são todos, mas faremos o respectivo agendamento destas iniciativas logo que os pareceres jurídicos que pedimos estejam disponibilizados.

Páginas Relacionadas
Página 0006:
6 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 A Sr.ª Secretária (Celeste Correia): — S
Pág.Página 6
Página 0007:
7 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Os especialistas, e, aliás, os maiores re
Pág.Página 7
Página 0008:
8 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 E, Sr.as e Srs. Deputados, é porque essa
Pág.Página 8
Página 0009:
9 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 parlamentar. Então, como se compreenderia
Pág.Página 9
Página 0010:
10 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Qual é a
Pág.Página 10
Página 0011:
11 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Uma delas é relativa ao sigilo bancário.
Pág.Página 11
Página 0012:
12 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Aplausos do CDS-PP. O Sr. Presiden
Pág.Página 12
Página 0013:
13 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Aplausos do BE. O Sr. Presidente:
Pág.Página 13
Página 0014:
14 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Aplausos do PS. O Sr. Presidente:
Pág.Página 14
Página 0015:
15 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 A verdade é que não podemos, à partida,
Pág.Página 15
Página 0016:
16 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 legislativo necessário para combater com
Pág.Página 16
Página 0017:
17 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Um outro argumento era que esta criminal
Pág.Página 17
Página 0018:
18 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): —
Pág.Página 18
Página 0019:
19 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Portanto
Pág.Página 19
Página 0020:
20 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Depois, é uma questão de o juiz resolver
Pág.Página 20
Página 0021:
21 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. José Manuel Pureza (BE): — É por
Pág.Página 21
Página 0022:
22 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Aplausos do PSD. O Sr. Presidente:
Pág.Página 22
Página 0023:
23 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Também nos merece um fundado reparo o pr
Pág.Página 23
Página 0025:
25 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Este é o compromisso do CDS, mas é també
Pág.Página 25
Página 0026:
26 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Criámos
Pág.Página 26
Página 0027:
27 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Srs. Deputados, quando dizem que são pun
Pág.Página 27
Página 0028:
28 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Consideramos, no entanto, que a Lei dos
Pág.Página 28
Página 0029:
29 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Preside
Pág.Página 29
Página 0030:
30 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Percebo
Pág.Página 30
Página 0031:
31 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 É ao Ministério Público que, no âmbito d
Pág.Página 31
Página 0032:
32 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Na altura, o PSD teve ocasião de manifes
Pág.Página 32
Página 0033:
33 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Não há outra forma de combater o crime e
Pág.Página 33
Página 0034:
34 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Aplausos do PS. Por isso, Srs. Deputado
Pág.Página 34
Página 0035:
35 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 Agora, se os senhores dizem que não perm
Pág.Página 35
Página 0036:
36 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Sr. Pr
Pág.Página 36
Página 0037:
37 | I Série - Número: 011 | 4 de Dezembro de 2009 O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Sr. Pr
Pág.Página 37