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45 | I Série - Número: 025 | 23 de Janeiro de 2010

nossa opinião, devem ser apoiados aqueles que mais precisam, aqueles que estão em situação de maior dificuldade.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não tiveram essa preocupação, por exemplo, com os banqueiros!

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Não são os banqueiros, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não?!»

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — São os trabalhadores e os desempregados! São esses que têm mais dificuldades e é nessa camada da população que concentramos os nossos esforços, a nossa atenção e as nossas políticas.
Para além disso, como é evidente, há um conjunto vasto de apoios sociais, que todos conhecem, que, aliás, foram alargados durante o mandato do anterior governo, do Partido Socialista.
Dou-lhe um exemplo: o complemento solidário para idosos. O complemento solidário para idosos é, provavelmente, um dos instrumentos mais poderosos de combate à pobreza em relação a um sector etário que tem dificuldades acrescidas, pois destina-se a apoiar quem mais precisa, apoiar os pobres e apoiar os idosos.
No que se refere ao código contributivo, que os senhores, espantosamente, rejeitaram ou propuseram o adiamento da sua entrada em vigor, ele tem uma matriz que deve ser aqui referida novamente, que é a do combate à precariedade.

Protestos do PCP.

Portanto, quando os senhores votaram contra o código contributivo estavam a favor da precariedade, porque ele tinha uma matriz de combate á precariedade,»

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Exactamente!

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — » sobretudo entre os mais jovens.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Laranjeiro, diz que o projecto de lei do Bloco de Esquerda promete o melhor dos mundos.
Sr. Deputado Miguel Laranjeiro, o projecto de lei do Bloco de Esquerda responde a uma inqualificável situação em que, à medida que o desemprego sobe, a protecção social desce. Neste momento, temos mais de 300 000 pessoas — homens e mulheres, famílias inteiras — que não têm um cêntimo para viver. Sr. Deputado, se isto é prometer o melhor dos mundos, então o senhor não é de esquerda com certeza, porque ser de esquerda é responder a esta crise social, a maior crise social das pessoas, à qual o Partido Socialista tem obrigação de responder.
E não vale a pena, Sr. Deputado, vir falar-nos em taxas de substituição, porque ser desempregado em França, na Suécia ou na Alemanha não é a mesma coisa que ser desempregado em Portugal — e o Sr. Deputado sabe isso muito bem —, porque o nível salarial é bem diferente.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Claro!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Ser de esquerda é responder a isto, Sr. Deputado! Ser de esquerda é responder à miséria em que vivem milhares de desempregados e desempregadas! Diga lá, então, se é de esquerda!

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