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54 | I Série - Número: 025 | 23 de Janeiro de 2010

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Medeiros.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: A catástrofe que assolou o Haiti, a sua dimensão trágica, a quantidade de mortos, de feridos e de órfãos que deixa não podem não comover os povos do mundo inteiro no seu mais íntimo.
Mas a catástrofe do Haiti também vem relembrar, como já aqui foi dito, que são sempre, normalmente, os mais pobres que mais sofrem com as catástrofes. É importante lembrar isto, porque, se hoje a prioridade é socorrer as vítimas, ajudar na reconstrução rápida, também devemos pensar no modelo de desenvolvimento mundial onde não é mais possível aceitar tamanhas discrepâncias entre povos ricos e povos pobres.
O Haiti sofre hoje também, na pele, a sua condição de extrema miséria. E se isto deve servir para que façamos tudo o que é necessário para o socorrer já, no imediato, sem querelas, sem conflitos, seja qual for o país que tome a iniciativa, é também importante não esquecer que há uma reflexão a fazer sobre o que é este mundo global no qual vivemos.
O Partido Socialista junta-se, pois, a todos os outros partidos neste voto de pesar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Ainda para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em nome do Grupo Parlamentar de «Os Verdes», que subscreveu este voto, quero apresentar o nosso pesar pelas vítimas mortais do sismo que atingiu o Haiti e a nossa profunda solidariedade para com as vítimas que sobreviveram a este sismo e que, como já aqui foi referido, se confrontam, neste momento, com as maiores dificuldades.
Subscrevo praticamente tudo aquilo que todos os oradores que me antecederam referiram mas gostava de acrescentar dois pontos, o primeiro dos quais tem a ver com a prova provada de que a pobreza aumenta enormemente, e de que maneira, Sr.as e Srs. Deputados, a dimensão dos efeitos das catástrofes.
As catástrofes, por seu lado, geram ainda muito mais pobreza e é sobre isto que devemos reflectir, porque existem estudos internacionais que nos dão conta de que, neste século, as catástrofes naturais, não propriamente os terramotos mas outras, vão aumentar de dimensão de forma muito significativa. O mundo não se está a preparar para isto e Copenhaga foi o exemplo claro de que não se está a dar prioridade a esta matéria. É preciso perceber as zonas vulneráveis, é preciso perceber a pobreza existente no mundo e os efeitos que pode ter para alargar a dimensão do problema e agir no sentido da prevenção e da minimização desses efeitos e, volto a referir, não se está a dar a devida prioridade a esta matéria.
Não vale a pena chorar, depois, sobre o que acontece, naquilo que podemos prevenir. Vale a pena, naturalmente, a nossa solidariedade, a nossa ajuda concreta e a dimensão da ajuda internacional é fundamental. Mas vale a pena, também, naquilo que está na nossa mão, fazer tudo para salvar este planeta.
Não estamos a ir exactamente pelo caminho certo e há, portanto, que alertar consciências, como sucede sempre, infelizmente, depois destas catástrofes, para nos desviarmos para esse caminho.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto n.º 18/XI (1.ª) — De pesar pelas vítimas do sismo que atingiu o Haiti (PS, PSD, CDS-PP, BE, PCP e Os Verdes).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

É o seguinte:

Ontem o mundo foi sobressaltado por um fortíssimo abalo sísmico que atingiu o Haiti, e principalmente a capital do país, Port-au-Prince, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas.

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