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10 | I Série - Número: 027 | 29 de Janeiro de 2010

lenta, mais incerta será a nossa recuperação, mais difícil será o caminho para uma retoma sustentada do crescimento e do emprego.
Mas, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a ambição que queremos, a ambição de que necessitamos é também aquela que, respondendo às necessidades do imediato, não desiste de investir no futuro, não desiste de criar as condições para estarmos mais próximos da Europa e do mundo para investirmos na ciência e no conhecimento, para fazermos mais pela qualificação das instituições e dos cidadãos, não desiste de atacar decisivamente os factores que limitam e condicionam o nosso desenvolvimento, seja o défice de qualificações seja a dependência energética.

Aplausos do PS.

É para este desafio que nós, Deputados e Deputadas da República, somos convocados, sendo a discussão do Orçamento do Estado, que agora se inicia, um momento crucial para fazermos as opções que conciliem as necessidades do presente com as ambições do nosso futuro, na certeza de que honraremos o nosso compromisso com as portuguesas e os portugueses se não desistirmos deste combate pelo futuro.
Assumindo, seguramente, as diferenças que nos distinguem, mas também o cimento da nossa pertença a uma identidade que nos une e que tem de se reforçar em momentos de grande exigência, como é o momento que vivemos, é a atitude que melhor serve os interesses de todos os portugueses e de todas as portuguesas, é a atitude que reforça a nossa capacidade colectiva de enfrentarmos as dificuldades.
Esta será, assim, como sempre foi, a atitude, a vontade e a determinação do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — A Mesa regista três pedidos de esclarecimento, pelo que pergunto à Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos se pretende responder em conjunto ou separadamente.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Respondo em conjunto, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Com certeza, Sr. Deputada.
Dou, então, a palavra à Sr.ª Deputada Mariana Aiveca para pedir esclarecimentos.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, confesso que, no meio do enunciado da sua intervenção, não percebi exactamente quais são as medidas que nos veio propor para que sejam afastados os cenários mais pessimistas, para que se responda ao País da forma que ele espera de nós e, finalmente, para que ninguém fique sem o apoio de que precisa.

Vozes do BE: — Exactamente!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Aliás, estas foram palavras ditas pela Sr.ª Deputada da tribuna.
Acrescentaria eu que também o Programa do Partido Socialista e o Programa do Governo iam nesse sentido, ou seja, de que eram necessárias mais políticas sociais e mais medidas nas políticas sociais.
Constatamos, hoje — e, também como a Sr.ª Deputada bem disse, estamos em fase de discussão do Orçamento —, que este é o Orçamento que não traz mais políticas sociais, que não traz mais investimento público, é um Orçamento da continuidade.
A pergunta muito clara e muito concreta que quero fazer, Sr.ª Deputada, é a seguinte: como é que pode afirmar que ninguém fica sem o apoio de que precisa quando o Governo do Partido Socialista nega mais apoios aos desempregados, particularmente aos mais jovens, e, sucessivamente, vota contra as propostas que aqui trazemos para que, de facto, esse apoio se concretize? Sr.ª Deputada, os desempregados são, hoje, o elo mais frágil da nossa sociedade. Eles esperam — esperavam — que o Governo do Partido Socialista não tivesse um programa de mentira mas, sim, de verdade e que lhes respondesse a esses seus anseios desse apoio de que precisam.

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