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11 DE FEVEREIRO DE 2010 13

Protestos do PSD.

Do meu ponto de vista, a resposta ao endividamento externo, que é um mal crónico do País, assume-se

em dois pontos essenciais.

Em primeiro lugar, temos de reduzir a nossa dependência do petróleo…

Protestos do PSD.

Para quem não saiba, metade do nosso endividamento externo depende da factura energética nacional e

da dependência do petróleo.

Quando o País aposta nas energias renováveis, em particular na eólica e na hídrica, como condição

fundamental para dar emprego, para dinamizar a nossa economia e para reduzir o endividamento externo isso

corresponde a uma opção fundamental.

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — É mesmo a única!

O Sr. Primeiro-Ministro: —Se queremos reduzir o endividamento externo estrutural do nosso País, temos

de investir na energia, na procura dos nossos próprios recursos, sem depender tanto do exterior, sem comprar

tanta energia externamente, como temos feito até agora. Esta é a primeira resposta!

Aplausos do PS.

A segunda resposta ao endividamento externo tem a ver com o aumento das exportações. Precisamos de

aumentar as nossas exportações, de vender mais e melhores produtos. Daí a modernização da nossa

economia, a aposta nos sectores de bens transaccionáveis, aquilo que fizemos no sentido da criação do

Conselho para a Promoção da Internacionalização, a qualificação dos portugueses, o investimento que

fazemos na ciência.

Portugal tem, hoje, 7,2 investigadores por cada 1000 activos! Portugal tem, hoje, um investimento na

ciência de 1,51%, atingindo já as médias europeias! Portugal produz, desde o ano passado, mais de 1500

doutores por ano! Isto significa melhorar as condições da nossa produtividade, melhorar as condições de

sucesso da nossa economia. Isto, sim, Sr.ª Deputada, significa contribuir para responder aos problemas

estruturais da nossa economia, isto significa reduzir a nossa dependência externa, isto significa aumentar as

nossas exportações.

Sr.ª Deputada, isto escapou-lhe no meu discurso, mas também lhe escapou quando a Sr.ª Deputada

esteve no Governo e nada fez para resolver estes problemas.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Mas o que me espanta, Sr.ª Deputada — e todos concordarão comigo —, é que, na primeira intervenção

que o PSD faz no debate orçamental, não haja uma palavra para aquilo que deve continuar a ser a nossa

prioridade: a recuperação da economia e a recuperação do mercado de emprego.

Aplausos do PS.

Recuperar a economia e o emprego deve ser a nossa prioridade. É por isso que este Orçamento responde

a esse equilíbrio difícil, exigente, que é o de, por um lado, manter e conservar essa prioridade, com estímulos

orçamentais, porque a sociedade precisa de que o seu Estado dê ainda uma ajuda à sua economia, e, por

outro, dar um sinal claro de que queremos corrigir o endividamento público, queremos corrigir o défice

orçamental, queremos pôr em ordem as finanças públicas, num prazo curto, porque essa é a melhor forma de

contribuir para a confiança e, desse modo, para a recuperação da economia portuguesa.

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