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56 I SÉRIE — NÚMERO 31

asO Sr. Presidente: —Sr. e Srs. Deputados, há ainda mais cinco pedidos de esclarecimento ao Sr.

Primeiro-Ministro, pelo que vamos interromper os trabalhos. Retomaremos às 15 horas, com esses pedidos de

esclarecimento, a que se seguirão as intervenções.

Eram 13 horas e 19 minutos.

Srs. Deputados, está reaberta a sessão.

Eram 15 horas e 12 minutos.

as

Sr. e Srs. Deputados, vamos dar início à última ronda de perguntas. O primeiro inscrito é o Sr. Deputado

Heitor Sousa.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Heitor Sousa (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, na última intervenção que aqui fez, na

parte da manhã, convocou-nos a todos para a seriedade do debate político.

Gostaria de convidá-lo a esmiuçarmos, em conjunto, um pouco mais esse seu conceito e, a partir de uma

situação concreta, ver do que estamos a falar quando falamos de seriedade política.

Durante a manhã, uma das bancadas parlamentares interpelou o Governo fazendo a acusação política de

o mesmo estar preparar um conjunto de privatizações ao desbarato. O Sr. Ministro de Estado, que por acaso,

de momento, não se encontra ao seu lado, num à parte, disse: «Desbarato? Desbarato, não!».

Gostaria, pois, de convidá-lo, Sr. Ministro, a interpretar comigo entrevista que o Sr. Ministro das Obras

Públicas, Transportes e Comunicações deu a um jornal semanário no último fim-de-semana, que tem como

título: «Desmembrar e privatizar a CP? Neste momento, admito tudo».

Pois, Sr. Primeiro-Ministro, desmembrar e privatizar é ou não o caminho para embaratecer uma

privatização anunciada? Hoje de manhã, ouvi num programa de rádio que há uma empresa que se propõe

recomendar a outras falar um português claro. Talvez o seu Governo necessite dos serviços dessa empresa

para estabelecer uma relação entre o desmembramento e o embaratecimento de uma privatização.

É claro que o Sr. Primeiro-Ministro sabe perfeitamente que a melhor maneira de o preço de uma empresa a

privatizar é desmembrá-la, e é isso que este Governo se prepara para fazer — agora sabemos! — com a CP.

Sr. Primeiro-Ministro, as perguntas que quero colocar são muito simples: está ou não de acordo com a

afirmação que o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações fez ao jornal? Está de acordo

com o desmembramento e privatização da CP?

É uma pergunta de resposta simples, sim ou não, que lhe leva muito pouco tempo a responder mas que

serve para percebermos o que é a seriedade política do Governo em matéria de debate.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: —Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, a sua intervenção, de manhã,

começou com as palavras «responsabilidade» e «confiança», e é de responsabilidade e confiança que

gostaria de falar, colocando perguntas relativamente ao orçamento para o Ministério da Administração Interna.

V. Ex.ª e o seu Orçamento falam no recrutamento para as forças de segurança considerado «apropriado».

Gostaria, Sr. Primeiro-Ministro, de fazer duas perguntas muito claras: quantos e quando?

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sabe por que é que lhe faço esta pergunta, Sr. Primeiro-Ministro?

Porque, em 2007, V.ª Ex.ª e o seu governo consideraram apropriado não admitir um único polícia, em nome de

uma reforma que, supostamente, iria tirar 6000 polícias das secretárias para a rua.

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