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60 I SÉRIE — NÚMERO 31

do Ministro das Obras Públicas. Ele não disse que estava de acordo, ele disse que olharia com abertura para

todas as soluções que permitissem essa consequência e esse resultado. É isto que se chama olhar com

seriedade para as declarações dos outros, Sr. Deputado.

Respondo também ao Sr. Deputado José Moura Soeiro, da mesma bancada. O Sr. Deputado diz que este

Orçamento não reduz as desigualdades nem apoia o emprego. Sr. Deputado, não é essa a minha opinião,

porque se há opção política neste Orçamento é a de manter os apoios à economia, à contratação e aos

desempregados. Esta é a opção de fundo deste Orçamento, e não outra. E, para falar, mais uma vez de

seriedade, ao contrário do que o Bloco de Esquerda andou a dizer, ano após ano, ao longo da última

Legislatura, as desigualdades sociais no nosso País reduziram-se.

Risos do BE.

Esse riso significa apenas não inteligência mas uma outra coisa que me dispenso de dizer, Srs. Deputados.

É que não é o vosso riso que vos dá razão, são os números do INE. Consultem, por favor, os indicadores das

desigualdades, do INE, que vocês verão que, entre 2005 e 2009,…

O Sr. Francisco Louçã (BE): — São de 2008, Sr. Primeiro-Ministro!

O Sr. Primeiro-Ministro: —Bem sei que agrada pouco ao Bloco de Esquerda verificar que o Partido

Socialista, quando no Governo, fez baixar as desigualdades, apesar de toda a retórica de que as

desigualdades estavam a aumentar. Mas os números são os números e os números são indesmentíveis: na

Legislatura anterior, os principais indicadores das desigualdades desceram, Sr. Deputado. Desceram, por mais

que vos desagrade!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — E o subsídio de desemprego?!

O Sr. Primeiro-Ministro: —Há matéria em que podemos estar de acordo, há matéria em que o desacordo

não é possível, porque é matéria de facto. O que citei são factos, não são opiniões, Sr. Deputado!

Depois, o Sr. Deputado diz que negociamos com a direita. Os Srs. Deputados estavam disponíveis para

negociar com o Governo, sim, com a seguinte condição: «vocês têm de mudar de política» — foi o que o Bloco

de Esquerda e o Partido Comunista disseram!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — E com a direita não mudam?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — De facto, assim, nem precisam de mudar!

O Sr. Primeiro-Ministro: —Percebo bem o que querem dizer, isto é,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Nós também percebemos bem o que quer dizer!

O Sr. Primeiro-Ministro: —… o Bloco de Esquerda gostaria de fazer um acordo com o Governo, se o

Governo governasse com a política do Bloco de Esquerda.

Protestos do BE.

Desculpem, Srs. Deputados, mas candidatámo-nos às eleições e ganhámos com a nossa política, não com

a vossa, Srs. Deputados!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, se querem falar de seriedade, digo-vos o que é seriedade. Seriedade é olhar para os factos

e verificar que, ao longo dos últimos cinco anos, nunca o Bloco de Esquerda, em nenhuma situação, se

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