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11 DE FEVEREIRO DE 2010 75

Triste Partido Socialista que, contrariando as melhores tradições da própria social-democracia europeia, vai

por este caminho!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: —Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Strecht.

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Rosas, o seu enquadramento

ideológico, como compreenderá, é puramente retórico. É porque, se bem ouviu as medidas que referi — se

calhar, não ouviu, mas deveria ter ouvido…, e se as não ouviu tem sempre tempo para as ler, depois —,

verificará que é exactamente o contrário do que disse.

As medidas são não só de protecção do emprego como também de incentivo ao emprego.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Ah!, o desemprego não vai aumentar!…

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Todas as medidas que referi visam as pessoas!

O Sr. Fernando Rosas (BE): — São essas que vão para o desemprego!

O Sr. Jorge Strecht (PS): — As pessoas concretas, e não uma figura retórica que o senhor, hoje em dia,

encobre com alguma habilidade mas cujo arquétipo eu sei qual é — e o senhor sabe que eu sei. Essa figura

mítica não existe, existem as pessoas concretas! Há um apoio às pessoas concretas, as medidas que referi —

de facto, até o percebo, aliás, eu próprio me cansei de as ler, de tantas que são…! — visam as pessoas

concretas.

O senhor diz que há aqui uma conceptologia neoliberal…, mas onde, Sr. Deputado? Onde é que está a

quebra da acção reguladora do Estado? Onde é que está?! O que são estas medidas senão uma intervenção

inequívoca do Estado na economia para que se possa sair da crise e para que se possa ajudar as pessoas em

concreto?

Portanto, Sr. Deputado, diga-me qual é a alternativa, porque não disse, e quero crer que não será a que diz

mas uma que tem escondida — e essa o senhor sabe que, historicamente, está derrotada. Diga com

frontalidade aos portugueses qual é a alternativa, porque não disse nada além dum ataque inaceitável, além

de um ilogismo, que é inaceitável também. O senhor sabe ou devia saber que o ilogismo é a falsa

representação da realidade, e nós combatemos com a realidade concreta, em função das pessoas concretas.

Os senhores falam de uma mítica concepção que, na prática, visa um mítico arquétipo que os senhores

bem sabem que não é historicamente viável, que está historicamente derrotado e sabem que não se atrevem

sequer a dizê-lo frontalmente, ao contrário do Partido Comunista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: —Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

as as

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr. e Srs. Ministros, Sr. e

Srs. Deputados: A palavra que melhor define a proposta de Orçamento do Estado apresentada neste

Parlamento, e que hoje está a ser discutida na generalidade, é decepção.

Esta proposta é uma decepção em muitos e variados sentidos. É uma decepção porque não apresenta

medidas arrojadas que promovam o crescimento económico e com ele o emprego; é uma decepção porque

não apresenta medidas necessárias e corajosas de controlo da despesa pública e porque é parco no aumento

da receita; é uma decepção porque nos leva a temer que o Governo não tenha efectivamente aprendido com

os erros anteriores, continuando bastante optimista nas suas previsões macroeconómicas;…

Aplausos do CDS-PP.

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