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76 I SÉRIE — NÚMERO 31

… é uma decepção porque revela uma fraca capacidade de diálogo e de compromisso; é uma decepção

porque não comporta uma ideia para o País, pela qual todos os portugueses sintam que vale a pena lutar e

unir esforços.

Ao mesmo tempo que é uma decepção, este Orçamento é a marca de uma política governativa falhada que

onera os portugueses.

Com 1600 dias de governação não será injusto dizer ao Governo e ao Sr. Primeiro-Ministro — agora já não

está aqui presente, mas fica o recado — que se este é o seu défice de 9,3%, a sua despesa de 49,1%, o seu

endividamento de 76,6% (e previsivelmente de 85,4%, em 2010), quem suporta o seu défice, a sua despesa e

o seu endividamento são todos os portugueses.

Aplausos do CDS-PP.

Com tanta decepção, perguntarão legitimamente o motivo para o CDS ter afirmado publicamente que vai

contribuir para viabilizar o Orçamento do Estado, abstendo-se.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É uma pergunta lógica!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — As razões são essencialmente duas e muito simples de entender:

primeira, porque este é um momento crucial para Portugal e para os portugueses. A degradação económica a

que chegámos dispensa crises políticas. Taxas de rating e de crédit default swaps entraram no léxico dos

portugueses, que podem não saber exactamente o que significam, mas percepcionam que qualquer subida

das primeiras ou dos segundos é muito má para as suas carteiras vazias.

Aplausos do CDS-PP.

O CDS, discordando das opções do Governo, entende que, acima das divergências políticas, há o bem-

estar dos portugueses, que hoje ficaria profundamente prejudicado com qualquer instabilidade política.

Aplausos do CDS-PP.

No CDS, temos sentido de Estado e orgulhamo-nos de Portugal. Cá dentro, podemos e devemos discutir

os melhores caminhos; para fora, devemos estar unidos…

Aplausos do CDS-PP.

… e temos o dever de defender o interesse de Portugal e dos portugueses. E, hoje, defender os portugueses e

preservar o nosso País de ataques especuladores é essencialmente garantir estabilidade política.

Vozes do CDS-PP: —Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Se este Orçamento do Estado não é suficientemente bom para

acalmar os mercados internacionais, ao menos que a estabilidade política possa dar o seu contributo nessa

desejada acalmia.

Vozes do CDS-PP: —Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — O segundo motivo é o de que o povo português pronunciou-se nas

urnas há pouco mais de quatro meses e fez a sua escolha. Em democracia, cabe a cada um representar os

seus eleitores, mas também cabe, necessariamente, respeitar os eleitores dos outros partidos. Quem ganhou

foi o Partido Socialista. É a ele que cabe governar, é ele que tem a responsabilidade de governar. A nossa

acção é a de fiscalizar e de nos batermos pelos compromissos que assumimos com os nossos eleitores.

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