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12 DE FEVEREIRO DE 2010 79

Ameaça externa das agências de notação, do rating da República, do crédito se tornar inacessível às

empresas e às famílias.

Mas também vivemos hoje sob um ameaça interna, de um Primeiro-Ministro e de um Governo que todos os

dias tentam intimidar o País com o fantasma da demissão. É nas dificuldades que se forjam as lideranças, mas

também é nas dificuldades que se expõem as fragilidades.

Portugal precisa de líderes com sentido patriótico, com sentido de serviço público, com sentido de missão e

não de um Governo que constantemente ameaça com cenários de demissão!

Aplausos do CDS-PP.

Às ameaças externas o CDS deu a resposta com o seu sentido de responsabilidade: não deixamos o País

sem Orçamento, lançado numa crise política quando já vive uma grave crise económica e social.

E é com esta autoridade que o CDS diz ao Governo, face as chantagens e ameaças: «deixem-se de fitas e

governem»!

Aplausos do CDS-PP.

E é bom que os portugueses saibam que se governar é decidir, reformar, legislar bem e estruturalmente,

100 dias passados, o que o Governo apresentou a este Parlamento foram rectificações e mais rectificações e

uma única lei, a do casamento entre pessoas do mesmo sexo. É isto governar? É esta a noção de prioridades

do Governo? Pode ser. Claramente não é a nossa! as

Sr. Presidente, Sr. e Srs. Deputados: Este é o 9.º Orçamento do Estado do Eng. José Sócrates. Não

deixa de ser curioso que o Primeiro-Ministro, que gosta muito de invocar a pesada herança, seja o mesmo

Primeiro-Ministro que deixa a mais pesada das heranças às gerações vindouras e aos mais desfavorecidos e

excluídos. A pesada herança dos três «d»: do desemprego, do défice e da dívida.

Aplausos do CDS-PP.

A pesada herança de um crescimento económico anémico; a pesada herança dos números da pobreza que

não descem; a pesada herança de um em cada cinco jovens não conseguir, em Portugal, um posto de

trabalho!

O défice tem, em última análise, a assinatura deste Primeiro-Ministro, mas quem tem de assumir a

responsabilidade são todos os portugueses.

A dívida pública foi contraída por este Governo, mas quem a paga somos todos nós, especialmente os

mais jovens.

O desemprego é fruto do modelo económico deste Governo, mas quem sofre as suas consequências são

os portugueses.

Dizia José Sócrates – obviamente em campanha – que estava para nascer um Primeiro-Ministro que

tivesse feito mais pelo défice. É verdade, digo eu, mas também está para nascer um primeiro-ministro que

tenha feito mais pelo desemprego e mais pela dívida pública.

Aplausos do CDS-PP.

De 2005 a 2009, Portugal cresceu, em média, 0,32% ao ano, enquanto a média da União Europeia no

mesmo período foi de 1,78%. Em consequência, o endividamento passou de 70% para mais de 100% do

produto.

Não posso deixar aqui, hoje, de citar um economista francês que recentemente dizia o seguinte: «no

decurso dos últimos dois séculos, quando a dívida pública de um país atinge montantes superiores a 90% do

PIB, o crescimento foi, em média, 1,7%, contra os 3,7% de crescimento com uma dívida inferior a 30% e os

3% de crescimento quando o endividamento se situa entre os 30% e os 90%».

Este é o legado de José Sócrates. Uma economia que quase não cresce, um País que deve mais do que

aquilo que produz, uma sociedade em que 10 em cada 100 portugueses querem trabalhar e não conseguem.

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