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12 I SÉRIE — NÚMERO 33

Temos razões para ter esperança, esperança que se alicerça justamente na constatação do esforço que o

povo madeirense tem vindo a levar a cabo nos últimos dias.

Quero também saudar a capacidade de reacção revelada perante estes acontecimentos trágicos por parte

das várias autoridades políticas, a começar pelas autoridades políticas regionais da Madeira, que,

confrontadas com uma situação tão insólita e tão trágica, revelaram uma enorme capacidade de reacção, que

também deve ser claramente reconhecida no Parlamento nacional.

É de salientar também a cooperação, sem qualquer mácula, que se estabeleceu, como não poderia, aliás,

deixar de ser, entre o Governo da República e as autoridades políticas regionais da Madeira. O que também

nos permite projectar um cenário de esperança em relação à capacidade de encontrarmos os recursos

necessários para fazermos face às necessidades resultantes da eclosão desta tragédia. as

Por isso, Sr. e Srs. Deputados, a nossa preocupação e a nossa posição neste momento são muito claras.

Este não é o tempo para entrarmos em discussões, que, tendo sentido, não devem ser realizadas nesta hora.

Este é o tempo para manifestar o nosso pesar, para exprimir as nossas condolências e projectar uma

esperança que tem sempre de acompanhar o homem para que a vida possa, apesar de tudo, derrotar essa

pulsão da morte.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: —Tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme Silva.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, Sr. Ministro dos as

Assuntos Parlamentares, Srs. Secretários de Estado, Sr. . e Srs. Deputados: A minha primeira palavra, em

sintonia com o meu pensamento, vai para aqueles que nesta tragédia do dia 20 de Fevereiro perderam a vida

na Madeira, manifestando também o meu pesar e condolência profunda para os seus familiares.

Dirijo também uma palavra para aqueles que foram vítimas, que ficaram feridos e que foram maltratados

com esta tragédia, alguns deles estando ainda a restabelecer-se e a quem endereço os votos de rápido

restabelecimento.

Não posso deixar de me associar, nesta solidariedade e neste pesar; àqueles que perderam tudo o que

tinham. Perderam os seus lares, as suas terras, os seus estabelecimentos, mas não perderam, naquela

capacidade própria dos madeirenses, o sonho, o sonho, agora, de reconstruir o que tinham construído.

Gostaria ainda de realçar a dignidade com que o povo da Madeira reagiu a tão grande adversidade. Em

poucas horas, logo a seguir, soube dar as mãos, soube procurar os desaparecidos, soube tentar apoiar todos

aqueles que estavam a sofrer naquele momento e naquela hora.

Em poucos dias, vemos mudar a face dos concelhos, das cidades que ficaram em montanhas, detritos e

lamas, com estradas obstruídas. Tudo isto rapidamente foi reposto. Esta dignidade e este exemplo não podem

deixar de ser salientados.

Quero expressar um reconhecimento especial à mobilização imediata que houve de todos os serviços

médicos e paramédicos que prestaram assistência, durante horas e horas seguidas, em alguns dias seguintes,

sem descanso, às forças de segurança, às Forças Armadas, aos bombeiros, à protecção civil, a instituições de

solidariedade, com particular destaque para as instituições ligadas à Igreja Católica.

Refiro ainda a forma pronta como o Governo Regional, e os seus serviços ligados ao equipamento social,

intervieram com rapidez, eficácia e coordenação excepcionais, tal como os serviços das câmaras municipais

que tiveram igual intervenção.

Dirijo ainda uma palavra de reconhecimento ao Sr. Primeiro-Ministro e ao Governo da República pela forma

pronta e solidária com que intervieram nesta tragédia que assolou a Madeira.

Quero ainda deixar claro que não aceito e não vou tolerar que haja quem associe essa prontidão do

Governo da República a um interesse conjuntural político da parte do Governo. Isso não é verdade. Isso não

pode ser verdade.

O Governo da República actuou e vai actuar com certeza com autenticidade. No Orçamento do Estado, na

lei extraordinária estão previstos os instrumentos necessários para, nos próximos anos, assegurar a

reconstrução e a recuperação da Madeira.

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