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14 I SÉRIE — NÚMERO 33

de cooperação entre o Governo da República e o Governo Regional da Madeira, através de uma lei específica

e especial para a reconstrução das zonas afectadas da Região Autónoma da Madeira.

Para o efeito, o Governo da República e o Governo Regional da Madeira acordaram a constituição imediata

de uma comissão mista, que já se encontra constituída.

É, pois, com uma palavra sentida de apreço e de estímulo à população da Madeira que nos associamos ao

seu esforço e à sua determinação de voltar a fazer colorir a vida em todas as suas dimensões.

Aplausos do PS.

as

O Sr. Presidente: —Sr. e Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 23/XI (1.ª) — De pesar pelas vítimas da

catástrofe aluvionar ocorrida na Madeira, no dia 20 de Fevereiro, e de solidariedade para com todos os

madeirenses por ela atingidos, subscrito por todos os grupos parlamentares.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

É o seguinte:

Voto n.º 23/XI (1.ª)

De pesar pelas vítimas da catástrofe aluvionar ocorrida na Madeira, no dia 20 de Fevereiro,

e de solidariedade para com todos os madeirenses por ela atingidos

A Assembleia da República expressou já, por deliberação aprovada por unanimidade na Conferência de

Líderes de 23 de Fevereiro, as suas condolências e solidariedade pelo trágico acontecimento ocorrido na

Madeira no dia 20 de Fevereiro último.

Porém, na primeira reunião plenária, que, por razão dos trabalhos, na especialidade, do Orçamento do

Estado, só agora tem lugar, depois de tão doloroso acontecimento, não podia deixar de aprovar um voto de

pesar e de solidariedade com a acrescida dignidade que tão grave ocorrência exige do Parlamento nacional.

Não se trata de observar um qualquer ritual e, menos ainda, de cumprir um mero gesto protocolar, que não

teria, aliás, o menor sentido entre portugueses.

Trata-se, sim, de expressar o sentir de todas as forças políticas com assento parlamentar, que convergem,

de forma unânime, no mais profundo pesar a cada uma das famílias que perderam, em tão dolorosas

circunstâncias, entes próximos e queridos.

Trata-se de manifestar, com a mesma unanimidade, e igual profundidade, toda a solidariedade a quantos

ficaram privados dos seus bens e haveres essenciais, desde os seus lares até aos mais elementares meios

indispensáveis à sua própria subsistência.

Quantas privações, quantos anos de trabalho, quantas canseiras e sacrifícios, de tantos, na diáspora, em

paragens longínquas, foram devorados e destruídos pelo violento turbilhão das águas que, durante horas,

devastaram e arrastaram quanto se lhes deparou, num errático curso que galgou e destruiu muralhas, pontes

e estradas.

Perante tamanha destruição, dor e sofrimento, sem lamechas ou lamentos inconsequentes, os

madeirenses revelaram um ímpar sentido de entreajuda e uma impressionante capacidade colectiva de

reacção a tão grave adversidade, e, de imediato, souberam dar as mãos, assistindo às vítimas, procurando os

desaparecidos e recolhendo os desalojados.

Ao mesmo tempo, iniciaram-se em todos os concelhos afectados a desobstrução de vias de circulação e a

remoção de toneladas de lama e de inertes, que a brutal força das correntes das ribeiras depositou nos

centros urbanos mais atingidos, destruindo equipamentos públicos e instalações privadas.

Foi um exemplo de grande dignidade, que nos sugere recordar Nemésio, quando, no Corsário das Ilhas e

depois de aludir à complexa orografia da Madeira e às suas consequências na fixação demográfica, refere: «É

nesta dispersão multiplicada, em que o espaço parece que não conta, que uma das populações mais prolíficas

e laboriosas de Portugal vive e luta».

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