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57 | I Série - Número: 043 | 9 de Abril de 2010

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Alberto Gonçalves.

O Sr. Carlos Alberto Gonçalves (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata condena todas as formas de terrorismo, considerando que a morte inocente e a proliferação do terror nunca é a melhor forma de alcançar um determinado objectivo, qualquer que ele seja.
O terrorismo internacional tem sido um flagelo que não conhece fronteiras e, como tal, deve ser combatido com uma grande cooperação internacional que seja capaz de responder eficazmente aos novos desafios que o radicalismo impõe a todos os governantes.
Os recentes atentados verificados em Moscovo e na Federação Russa são mais um exemplo desta nova barbárie dos tempos modernos e desta visão do mundo a preto e branco, onde o maniqueísmo entre o bem e o mal impera, difundido por radicais a quem apenas interessa espalhar o terror. É contra ela que todos devemos lutar.
Este terrorismo de grande impacto tem um efeito devastador entre as populações, espalhando o medo e a insegurança. E, perante os seus efeitos, devemos combater as suas causas, de forma a conseguir, no futuro, encontrar melhores e mais eficazes plataformas de protecção para estes actos, cada vez mais mortíferos.
O Grupo Parlamentar do PSD vai votar favoravelmente este voto de condenação, manifesta a sua profunda condenação por estes actos terroristas e transmite o seu pesar pelas inúmeras vítimas que provocou, apresentando sentidas condolências ao povo russo e ao governo da Federação Russa.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Também nós nos associamos à parte resolutiva do voto do CDS, condenando estes actos terroristas, como sempre fazemos, bem como a toda a política de terrorismo de Estado que, noutros quadrantes do mundo, também é utilizada para reprimir populações e direitos de soberania e de autodeterminação.
Não podemos, no entanto, deixar de nos demarcar dos considerandos deste voto — que ignoraremos na altura da votação, uma vez que só se vota a parte resolutiva —, uma vez que eles apelam para uma linha de utilização da questão do terrorismo num sentido de ingerência, de agressividade belicista, que é o que preside à acção da NATO e da União Europeia nos tempos que correm e em relação à qual nos demarcamos completamente, não julgando que seja admissível condenar o terrorismo para depois justificar este tipo de acções, como fazem os considerandos do voto do CDS-PP.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Lello.

O Sr. José Lello (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O PS é sensível ao drama do povo russo, assim confrontado com a ameaça do terror.
O voto reflecte, com rigor, a barbárie destes ataques, que vai para além da nossa compreensão e sensibilidade civilizacionais ao vermos a alucinação daqueles que, imbuídos de um fundamentalismo irracional, através do sacrifício da própria vida, capturam a vida de tantos inocentes sem mácula.
O mundo que partilha os nossos valores não entende esta barbárie.
Louvamos, assim, o sacrifício do povo russo no momento em que o Primeiro-Ministro, Putin, expressando uma inusitada mas relevante atitude de elevação cívica, denuncia os crimes estalinistas ao ter homenageado, na floresta de Katyn, os milhares de oficiais polacos mortos à ordem do ditador Estaline.
Estamos, assim, ao lado dos inocentes cidadãos russos, junto deles, neste momento de solidariedade, quando, sacrificados em selváticos actos de terrorismo sem sentido, como ainda agora se verificou no metro de Moscovo, se vêem assim sem defesa perante este tipo de ataques.
Mas não podemos deixar de nos dissociar claramente das soluções extremas usadas pelas autoridades russas para enfrentarem problemas reais, problemas sociais, regionais e religiosos, que, levados «à

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