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31 | I Série - Número: 070 | 19 de Junho de 2010

Dou-lhe um exemplo: a cardiologia pediátrica não está no Hospital de Dona Estefânia mas no de Santa Marta. Sabe porquê? Porque há determinadas valências, de que um número de crianças necessita, que não podem estar isoladas dos serviços de adulto, uma vez que crianças com determinadas patologias têm de ter a ligação aos hospitais de adultos. Esta é a razão.
Portanto, peço-vos para debatermos aqui esta questão, profundamente técnica, para melhorarmos o acesso e a capacidade de resposta. É por esta razão, para que exista um hospital com dignidade, que está a ser pensado a sua integração num hospital grande.
Por que é que, em Lisboa, não se podem fazer transplantes hepáticos pediátricos, tendo nós, em Lisboa, o melhor hospital e o que faz maior número de transplantes hepáticos? Já pensou nisto? Isto tem a ver com razões do ponto de vista logístico. Portanto, é isto que temos de melhorar!

Aplausos do PS.

São estas as questões que, penso, merecem uma reflexão, pelo que estarei completamente disponível, do ponto de vista técnico, em sede de comissão, para voltarmos a falar nestas questões respeitantes aos hospitais pediátricos.
Em relação às urgências pediátricas de Setúbal, lamento o que aconteceu. Houve uma equipa do hospital de Setúbal que escreveu e foram os médicos do hospital que, inicialmente, disseram não ter condições para manter uma urgência aberta, naquele período de tempo e durante o Verão. Foi por esta razão que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo considerou necessário repensar a situação, para que as crianças do distrito de Setúbal e da margem sul continuassem a ter uma urgência pediátrica.
Ora, urgência pediátrica significa ter um pediatra co-responsável na área da urgência, não é um espaço dedicado à criança; significa responder com pediatras.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Foi em relação a isto que os próprios profissionais disseram que não havia capacidade.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — De quem é a responsabilidade?!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Sr. Deputado, como eu já disse, não há número de pediatras suficiente.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E por que é que não há, Sr.ª Ministra?

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Não me pergunte, a mim, por que é que não há.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — A Sr.ª Ministra não é responsável por nada?!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — O que temos vindo a fazer, nos últimos anos, é a aumentar a capacidade de formação em pediatria. E isto foi feito por nós!

Aplausos do PS.

Portanto, perante a tomada da decisão para garantir que as crianças tivessem direito a ter pediatras durante o Verão, foi feita uma reorganização do atendimento nocturno e os médicos do hospital de Setúbal propuseram-se a garantir a manutenção das escalas. Foi esta a razão por que houve, do ponto de vista do hospital, uma reviravolta e se manteve a urgência aberta com os profissionais de lá. E, durante algum tempo, esta possibilidade foi discutida com os profissionais do serviço de pediatria do hospital de Setúbal.
Desde há muitos anos que as urgências de pediatria do distrito de Setúbal têm sido discutidas entre aqueles três hospitais, para se saber como deverá ser feito o melhor atendimento no distrito de Setúbal. E o distrito de Setúbal tem, de facto, a menor taxa de mortalidade infantil do País, o que, provavelmente, também

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