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46 | I Série - Número: 070 | 19 de Junho de 2010

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do BE, do PCP e de Os Verdes, votos contra do CDS e do PSD e de uma Deputada do PS e a abstenção de 2 Deputados do PS.

É o seguinte:

Voto n.º 53/XI (1.ª) De pesar pelo falecimento do Almirante Rosa Coutinho

António Alva Rosa Coutinho tornou-se figura pública com o 25 de Abril, aos 48 anos, sendo o mais jovem dos elementos da Junta de Salvação Nacional.
Foi escolhido para a Junta de Salvação Nacional pelos oficiais do MFA da Armada, pelo seu enorme prestígio profissional e militar.
O Almirante Rosa Coutinho foi um militar brioso e patriota, inteiramente dedicado à sua profissão de oficial de Marinha e de engenheiro hidrógrafo.
Homem de grande inteligência e notável capacidade realizadora, distinguiu-se pelos trabalhos de hidrografia realizados em Angola e Moçambique, deixou obra igualmente como marinheiro e foi um excelente operacional e comandante de navios.
Até ao fim da sua vida, o Almirante Rosa Coutinho manteve uma acção cívica própria de um cidadão preocupado com os destinos do seu país e empenhado na construção de uma sociedade usta e solidária.
É ao militar patriota, marinheiro valoroso, profissional íntegro e cidadão dedicado à sociedade que a Assembleia da República presta homenagem, manifestando pesar pelo seu falecimento e expressando aos seus familiares sentidas condolências.

O Sr. Presidente: — Vamos agora passar ao voto n.º 51/XI — De pesar pelo falecimento do jornalista e escritor João Aguiar (PCP).
Tem a palavra a Sr.ª Secretária para proceder à respectiva leitura.

A Sr. Secretária (Rosa Maria Albernaz): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

João Casimiro Namorado de Aguiar, conhecido simplesmente por João Aguiar, nasceu em 1943 e faleceu no passado dia 3 de Junho de 2010.
Licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas, trabalhou nos centros de turismo de Portugal em Bruxelas e Amesterdão. Regressou a Portugal em 1976, para se dedicar numa primeira fase ao jornalismo. Trabalhou para a RTP (onde iniciou a sua carreira em 1963) e para diversos diários e semanários como Diário de Notícias, A Luta, Diário Popular, O País e Sábado. Colaborou regularmente na revista mensal Superinteressante, sendo membro do seu Conselho Consultivo.
Deixou-nos um vasto legado literário, que inclui colecções infantis, investigações históricas, romances e ficção.
Só depois dos 40 anos publicou o primeiro romance, em 1984, A Voz dos Deuses, uma ficção histórica centrada na figura de Viriato. Seguiram-se duas dezenas de romances que o levaram a estudar a história mais remota de Portugal, tendo regressado aos primórdios para falar de Sertório e publicou até um trabalho não ficcionado sobre a criança do Lapedo. Viajou para Macau com a ficção para escrever Os Comedores de Pérolas e O Dragão de Fumo.
Nas suas obras figura ainda a colecção do Bando dos Quatro, adaptada também a série televisiva, vários guiões televisivos e argumentos cinematográficos, tendo coordenado o programa infantil Rua Sésamo.
O seu último livro, sobre a Revolução de 1383, ficou inacabado, por força da doença de que foi vítima, tendo concluído a sua vasta obra com O priorado de Cifrão, uma sátira ao universo criado pelo escritor Dan Brown.
Nos seus livros, frequentemente com referências autobiográficas, João Aguiar revela-se a cada novo capítulo. Pode ler-se em A encomendação das almas que, «Como sucedia todos os dias, imaginou-se a flutuar no céu, a grande altura, sentindo o vento forte a passar-lhe pelo corpo e acompanhando as nuvens nas suas

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