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11 | I Série - Número: 083 | 23 de Julho de 2010

o presente; a Sr.ª Ministra da Saúde manda os portugueses comer sopa em casa; o Ministro do Ensino Superior acha que os ricos ç que recebem bolsas de estudo»! Parece que este Governo anda, como se costuma dizer, «no mundo da lua»! Os Ministros defendem tudo ao contrário, na sua área: o Ministro das Obras Públicas acha que o sector ferroviário convencional é dispensável; a Ministra do Ambiente considera que crimes ambientais são competências técnicas demonstradas» E com tantos mais casos se poderia aqui exemplificar!» Neste País, Sr.as e Srs. Deputados, vê-se de tudo! É porque esta atitude insensível do Governo é contagiante para quem tem poder: a EDP, por exemplo, estraga a região do Tua e, depois de a estragar, decide criar uma área protegida para «lavar a sua cara», demonstrando que, neste País, o que interessa é criar áreas protegidas no papel e não de facto.
Este País está a viver atitudes de descarada insensibilidade e de nítido aproveitamento do poder.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Muito mais apetecia dizer, mas o tempo de intervenção é necessariamente limitado.
Acabamos esta 1.ª Sessão Legislativa com uma certeza: está a preparar-se todo um caminho que acabará com a tendência que se vinha verificando neste País — que a geração seguinte viveria sempre melhor do que a geração anterior. A questão é que as próximas gerações se confrontarão com a perda de um ror de direitos, perderão a sua qualidade de vida e o seu bem-estar, a sua segurança e as suas formas de subsistência. Isto é um regresso ao passado! O Partido Ecologista «Os Verdes» quer um regresso ao futuro, às oportunidades que se podem abrir neste País, à promoção do desenvolvimento sustentável! É este o contributo que o Partido Ecologista «Os Verdes» quer dar! É neste objectivo que o Partido Ecologista «Os Verdes» se quer centrar e enquadrar, como o demonstram as inúmeras propostas que apresentámos e que continuaremos a apresentar.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: A sessão legislativa que agora termina ficou marcada por vários factos indesmentíveis.
O PS e o seu Governo deixaram de ter uma maioria absoluta a garantir a aprovação de todas as suas medidas, facto a que tiveram dificuldade de se adaptar, no quadro parlamentar; mas, mais importante do que isto, o PS manteve e acentuou a política de direita, tal como afirmou, desde o início, o Primeiro-Ministro, com a ideia de manutenção do rumo da sua política.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Essa ç boa!»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O resultado foi o previsível, com a manutenção da política de direita: o PS acrescentou crise à crise, injustiça à injustiça, desigualdade à desigualdade! O PCP assumiu os seus compromissos nesta sessão legislativa: exigiu a mudança de política, que o povo português indicou com a penalização do PS e a derrota da direita nas eleições legislativas,»

O Sr. Francisco de Assis (PS): — E a «esmagadora vitória do PCP«!»

Risos de alguns Deputados do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — » apresentando propostas de política alternativa para dar corpo ás necessidades de resolução dos principais problemas do País.
Naturalmente, o Governo encontrou os aliados necessários para continuar a política de direita: os partidos de direita. Aprovou o Orçamento com o PSD e com o CDS; aprovou os PEC, os pacotes de austeridade e outras graves medidas com o PSD, com o CDS ou com ambos»! Nada tem de estranho esta coincidência: ç a convergência com a política de direita que todos querem aplicar — aliás, confirmada, no debate do estado da Nação pela proposta de coligação do Deputado Paulo Portas.

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