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24 | I Série - Número: 010 | 7 de Outubro de 2010

enorme frete ao Paquistão, para maior prejuízo dos nossos têxteis, e justificada — calcule-se!» — com as
intenções humanitárias da União Europeia!»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Mas o erro estratégico é fundamentalmente outro: durante 30 anos,
sucessivos governos do PS, PSD, CDS fizeram das exportações o centro nevrálgico da política industrial
portuguesa, desvalorizando, ignorando o mercado interno e a sua defesa; desvalorizando a produção interna
para esse mercado.
O resultado está à vista: só entre 1997 e 2008 (10 anos!), o défice da balança de mercadorias mais que
dobrou — défice externo, dívida externa, Portugal na mão dos grandes bancos europeus, alemães, franceses,
holandeses, etc., isto é, os chamados mercados financeiros que estão a saquear o País!!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: os projectos de resolução que
estão em discussão sobre a criação de um portal de vendas só resultam, só existem, só geram discussão
nesta Assembleia por apatia do Governo, porque se não fosse essa apatia toda esta temática teria já sido
levada a cabo por este que é o século da informação e da Internet, e que deveria ser o século onde nós
também aproveitaríamos todas as possibilidades que a Internet e as tecnologias da informação têm ao nosso
dispor para promovermos o nosso país e os nossos produtos.
Esperemos que não aconteça o que aconteceu já a dezenas de projectos de resolução que o Governo
recebeu mas, simplesmente, ignorou; por isso, virou as costas a esta Assembleia da República e àqueles que,
legitimamente eleitos pelo povo, quiseram também ter alguma opinião sobre a forma como o Governo agia no
nosso país.
Repito: esperemos, por isso, que não aconteça, exactamente, a mesma coisa a este projectos de
resolução.
Mas não esquecemos — e até parece a quem ouve a bancada do Partido Socialista falar sobre esta
matéria — os ataques que têm sido perpetrados pelo Governo ao potencial exportador do nosso país: em
primeiro lugar, pelos custos dos factores de produção.
Todos sabemos — já discutimos isso várias vezes, no entanto, o Governo nada faz para alterar esta
realidade»! — qual ç o custo da electricidade para as empresas, para as famílias,»

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — » e o que ç que isso representa na perda de competitividade de
Portugal, a nível da Europa, quando nós pagamos a electricidade mais cara da Europa.
O mesmo é passível de se dito ao nível dos combustíveis: onde está a voz do Partido Socialista, que nada
diz, está ausente no debate, quando Portugal paga, sem impostos, os segundos combustíveis mais caros da
Europa?
Ora, sobre isto, nada dizem, nada querem mexer!! Mas estes são factores essenciais que, qualquer
empresa, qualquer tentativa de exportação tem de contornar, porque, no mercado global, são factores que
fazem a diferença e que deixam par trás as exportações portuguesas.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Mas vou referir um ponto que tem aparecido neste debate um pouco à
margem dos custos que traz para as exportações mas que resulta, no fundo, do pacto criado entre PS e PSD,
e que lesará também as empresas portuguesas: refiro-me às SCUT (auto-estradas sem custos para o
utilizador) e à introdução de portagens nas SCUT.

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