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32 | I Série - Número: 018 | 23 de Outubro de 2010

Srs. Deputados, o quadro electrónico e a Mesa assinalam a presença de 215 Srs. Deputados (90 do PS, 75 do PSD, 19 do CDS-PP, 16 do BE, 13 do PCP e 2 do Partido Ecologista «Os Verdes»), pelo que temos quórum de deliberação.
Começamos pela apreciação e votação do voto n.º 70/XI (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Mariana Rey Monteiro (PS, PSD, CDS-PP, BE, PCP e Os Verdes).
Sr. Secretário, tenha a bondade de proceder à respectiva leitura.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

Foi com enorme consternação e pesar que tomámos conhecimento do falecimento, aos 87 anos, de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro.
Natural de Lisboa, Mariana Rey Monteiro estreou-se no Teatro Nacional em 1946, com a peça Antígona, de Sófocles.
Representou papéis de destaque em inúmeras peças, merecendo grandes aplausos do público e elogiosas referências da crítica. Fez centenas de peças — entre as quais Sonho de uma Noite de Verão, Santa Joana, Um Eléctrico Chamado Desejo. Representou textos de Molière, Ibsem, Ionesco, Bernard Shaw e outros.
Em 1962, pela sua prestação no filme Um Dia de Vida, de Augusto Fraga, recebeu o Óscar da Imprensa.
Teve uma presença muito particular na televisão, nomeadamente em séries como Gente Fina é Outra Coisa (1983), onde trabalhou ao lado da mãe, e em telenovelas como Vila Faia (1983), onde desempenhou a personagem de Dona Ifigênia, Cinzas (1993), Vidas de Sal (1996) e Roseira Brava (1996).
Em 1996, foi agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada.
A partida de Mariana Rey Monteiro enluta as artes do espectáculo, enluta as sucessivas gerações que se habituaram a ver nela um referencial humano e profissional e enluta o País.
O seu talento como actriz foi justamente consagrado entre nós, como também o haviam sido, no seu tempo, os seus pais, os actores Robles Monteiro e Mariana Rey Colaço, o que deve levar o País a curvar-se, reconhecido, ante a memória desta nossa concidadã de eleição.
Presença habitual nas nossas casas, nos ecrãs, na tela cinematográfica e principalmente nos palcos, Mariana Rey Monteiro deixa em todos nós, na cultura e na sociedade portuguesa, um vazio difícil de preencher.
A Assembleia da República exprime assim o seu pesar pela morte de Mariana Rey Monteiro e expressa aos seus familiares as suas mais sentidas condolências.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acaba de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Peço à Câmara que observemos 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Passamos à apreciação do voto n.º 68/XI (2.ª) — De protesto pela realização da Cimeira da NATO em Portugal (Os Verdes).
Peço ao Sr. Secretário que faça o favor de proceder à leitura do referido voto.

O Sr. Secretário (Pedro Filipe Soares): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

A Humanidade vive actualmente uma situação marcada por um mundo cada vez mais militarizado e violento, onde a violência continua a aniquilar vidas inocentes, pela manutenção e pelo agravamento de ocupações, agressões e chantagens sobre países e povos, por uma cada vez mais perigosa corrida aos armamentos, constituindo este panorama uma das situações mais graves no seu caminho rumo ao progresso e ao desenvolvimento, e à sua própria sobrevivência.

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