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24 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

Sr. Deputados, por mais barulho que façam, não evitam que eu leia: «Uma nova linha de crédito no valor de 3 mil milhões de euros, estímulo às actividades que contribuem para reduzir a dependência como sejam energias renováveis, mobilidade eléctrica, desenvolvimento da ciência e tecnologia, aplicação à actividade económica, redes de nova geração, investimento em escolas». O Sr. Deputado pensa que isto não é crescimento? Então, isto é o quê, Sr. Deputado?!

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado esteve fundamentalmente distraído.

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Deputado tinha saído»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não tinha, não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ouçamo-nos com respeito mútuo, se não se importa.
Percebo o argumento do Sr. Deputado» Não consigo compreender como é que alguém diz que este Orçamento é muito mau e o viabiliza!» O Sr. Deputado tem toda a razão; não compreendo esta posição do PSD ou, melhor, ela só é compreensível à luz do cálculo eleitoral.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Pergunte ao Dr. Mário Soares que ele explica-lhe!»

O Sr. Primeiro-Ministro: — O PSD diz: «É melhor não termos uma crise política agora, porque não há forma de a resolver». Faz uma negociação com o Governo, mas a verdade é que continua a dizer que é um mau orçamento e, ao mesmo tempo, viabiliza-o.
Se estamos convencidos de que este Orçamento é mau, pois, a consequência é votar contra, isso é verdade. Mas, Sr. Deputado, desculpará, eu defendo este Orçamento porque é um bom Orçamento. É provavelmente o Orçamento que os senhores não eram capazes de fazer, mas este Governo teve coragem de o fazer! É um Orçamento que responde ao problema principal do País, que é a consolidação orçamental para defender o nosso financiamento e proteger a nossa economia! É preciso coragem? É! É preciso determinação? É, sem dúvida! São medidas difíceis? São, mas o País precisa de fazer este esforço! E, se não fizer este esforço, as consequências para a nossa economia serão muito más! Mas dou-lhe razão, Sr. Deputado: não encontro coerência entre os que fazem uma negociação para viabilizar e depois dizem que é tudo muito mau.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — E é tudo muito mau!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Bom, o que apenas vejo nisso é oportunismo, e vejo aqueles que não param de pensar apenas na sua popularidade e não querem partilhar com o Governo qualquer das responsabilidades.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — E o TGV?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quero recordar ao Sr. Deputado, mais uma vez, que o Sr. Deputado quando estava no governo defendeu quatro TGV, não defendeu um!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não é verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Defendeu, defendeu! Isto já para não falar da decisão que o Sr. Deputado tomou, não apenas com o TGV mas com os submarinos»!

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