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35 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

isto uma redução do Estado social, considero isto uma questão de justiça, para que o Estado só apoie aqueles que necessitam.

Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias.

E lamento muito que nunca o Partido Comunista nos tenha acompanhado na condição de recursos, como forma de moralizar o nosso Estado, Sr. Deputado. Nunca!

Aplausos do PS.

Quem está do lado da facilidade é o Partido Comunista. Está sempre do lado da facilidade, de dar tudo a todos!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso é o Paulo Portas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso não é defender o Estado social! Isso é pôr em causa o Estado social!

Aplausos do PS.

Finalmente, Sr. Deputado, é certo que há uma dimensão especulativa nos mercados internacionais. É verdade! Estou convencido de que não há razão económica objectiva para que os mercados exprimam a desconfiança que exprimem a propósito das economias europeias. Mas a verdade é que ela existe, Sr. Deputado. Lamento muito, mas ela existe. E porque existe, o nosso dever é protegermo-nos dela.
Ora, o objectivo deste Orçamento é esse: que no prazo de um ano possamos sair dessa zona de perigo.
Queremos proteger e abrigar o nosso país, para que Portugal não tenha de sofrer as consequências de estar demasiado exposto nessa turbulência. O nosso dever é este, Sr. Deputado. A principal preocupação do País deve ser essa. E o que digo aos portugueses, com a tranquilidade de espírito de quem pensou muito nisto, é que temos um ano para o fazer.
Temos de fazer um esforço sério. Temos de fazer um esforço grande, é certo, mas é um esforço absolutamente necessário para proteger o nosso país, Sr. Deputado.
O que lamento é que o Partido Comunista também não olhe para trás, para as posições que sempre tomou. Quando a esquerda, no poder, teve de tomar medidas difíceis para responder a crises internacionais e quando propôs o que propôs, ouvia sempre a mesma coisa do Partido Comunista.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Vocês propõem a mesma coisa!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quem é que resolveu as crises económicas no nosso país? Foi sempre o Partido Socialista!

Aplausos do PS.

Algum dia o Partido Comunista deu um contributo para isso? Nunca! E fala-me em coragem, Sr. Deputado?! A sua coragem consiste apenas em agradar a todos! A todos! A coragem do Partido Comunista é não dizer nada que deixe de agradar a toda a gente.

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

O Sr. Presidente: — Agradeço que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Partido Comunista faz apenas o discurso da facilidade.
Coragem, digo mais uma vez, não é facilidade, Sr. Deputado. Coragem é fazer o que é difícil!

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