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45 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Desculpem, Srs. Deputados, mas os senhores não têm nenhuma autoridade moral para tal. Ou querem que vos recorde aquilo que aconteceu nos últimos três anos em que estiveram no Governo, quando aumentaram a despesa pública de 35,9% para 37,8%?!

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mais, Srs. Deputados: os senhores lembram-se de algum momento, no passado, em que a direita portuguesa tenha vencido uma crise internacional?

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Nunca!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nunca! Foi sempre o Partido Socialista que, no Governo, teve a coragem de tomar medidas para vencer essa crise. Nunca foi a direita, mas sempre um governo com base no Partido Socialista.
O que é espantoso, Srs. Deputados, o que é inacreditável — e não espero do PSD nenhuma espécie de co-responsabilização, sei bem o tacticismo político que norteou o PSD; aliás, percebi eu e julgo que perceberam todos os portugueses que o PSD não está disponível para partilhar nenhuma responsabilidade na governação — é que os senhores, ao mesmo tempo que viabilizam o Orçamento, fazem tudo por minar a confiança. Tudo! O que se pedia, no mínimo, era que o PSD não fosse um agente da desconfiança, porque isso prejudica o País, mas, antes, pelo contrário, um agente da confiança. Mas isso, Sr. Deputado Luís Montenegro, os portugueses julgarão. E se o Sr. Deputado entende que tenho medo desse julgamento está muito enganado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nós também não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nunca temi o julgamento dos portugueses em nenhum momento da minha vida, Sr. Deputado.
O que entendo é que o País precisa de estabilidade política e as personagens e personalidades políticas deviam estar a pensar na governação e não nos cálculos eleitorais, Sr. Deputado. Aquilo em que deviam estar a pensar era como resolver o problema e não quando vamos ter eleições, que é a única coisa que anda no vosso espírito e que está claramente espelhada nos vossos discursos.

Aplausos do PS.

Passemos ao CDS, que não acredita no quadro e no cenário macroeconómico. Lamento!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Os portugueses é que lamentam!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quero recordar à Sr.ª Deputada Assunção Cristas que a Sr.ª Deputada também já não acreditava no quadro anterior. Não acreditava, mas vai ser melhor, Sr.ª Deputada. Já reparou que vai ser melhor?!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Já reparei!

O Sr. Primeiro-Ministro: — A Sr.ª Deputada não acreditava nos 0,7%, fez discursos a dizer: «Ai de nós! Temos aqui um cenário optimista». Afinal, chegamos ao final de Setembro e a previsão de crescimento é bem superior aos 0,7%.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Induzida pelo próprio Governo!

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