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53 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

O Sr. Adão Silva (PSD): — Não, não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » e, depois, quando o Governo reduz a despesa, qualquer medida de redução»

Protestos do PSD.

Desculpe, disseram isso mil vezes: mais impostos não, deve, sim, reduzir-se a despesa. Disseram isso várias vezes. Eu ouvi!

O Sr. Ministro da Presidência (Pedro Silva Pereira): — Esqueceram-se!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas sempre que há um esforço de redução da despesa, «aqui d’el-rei» que essa despesa não!

Protestos do PSD.

Ó Sr. Deputado, isto não tem um mínimo de credibilidade, desculpe. Eu acho que o Sr. Deputado deve também lutar para que o seu partido, que é o maior partido da oposição, tenha um mínimo de credibilidade nas escolhas políticas que faz.
Eu sei bem qual é a agenda do seu partido e, em matéria de Estado social, isso está bem claro, hoje.
A vossa proposta é a de, em primeiro lugar, como apresentaram aqui na legislatura passada, privatizar a segurança social. Eu digo-lhe que isso é um erro, é um erro gravíssimo até para as finanças públicas. Os senhores querem que uma percentagem dos descontos para a segurança social vá, obrigatoriamente, para o sector privado. E, no período de transição, quem é que pagaria as pensões a essas pessoas? O Estado e a dívida pública portuguesa. Ora, isso é um erro. Eu não vi ainda o PSD corrigir esse erro; pelo contrário, vi o PSD insistir nesse erro.
Tal como é um erro a privatização do ensino público.

Protestos do PSD.

Esse é um erro grave, e grave.
Tal como é um erro querer pôr as pessoas a pagar a saúde.
É por isso, Sr. Deputado, que as áreas em que nos afastamos são, justamente, em que consideramos que o Estado tem um papel, uma responsabilidade e também uma obrigação, que é a de dar a todos uma boa educação e saúde para que haja igualdade de oportunidades. É aí que nos afastamos em matéria de igualdade de oportunidades.
Quero dizer ao Sr. Deputado do CDS que nunca deixei de dar a cara pelas medidas difíceis. Nunca, Sr. Deputado! Nunca me escondi atrás de ninguém. Nunca, Sr. Deputado! Quero dizer também o seguinte: é claro, todos temos a nossa própria vaidade. Eu também tenho a minha.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E não é pequena, Sr. Primeiro-Ministro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — A vaidade de achar que em todos os momentos faço o melhor para servir o meu País.

Vozes do CDS-PP: — E quanto ao abono de família?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, em matéria de vaidade e comparando com o seu líder e com o espectáculo cénico do seu líder, Sr. Deputado, o seu líder não dá lições a ninguém sobre vaidades políticas!!

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