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76 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

A minha pergunta é muito simples: o Sr. Deputado vê neste Orçamento rigor, transparência e exigência em matéria do equilíbrio de contas das empresas públicas e do seu papel no desenvolvimento da nossa economia?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Victor Baptista.

O Sr. Victor Baptista (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Agostinho Lopes, bem compreendemos as questões que colocou, mas não se pode confundir recessão com crescimento, porque, ainda que ligeiro (são essas as projecções) não deixa de ser crescimento.

O Sr. José Gusmão (BE): — Não é o único que diz isso!

O Sr. Victor Baptista (PS): — Mas há que reconhecer que há prioridades a definir. Ora, neste momento, as prioridades são a estabilidade financeira e a consolidação orçamental. Se não houver estabilidade financeira e consolidação orçamental, então, sim, o crescimento estará em causa. Aliás, estará tudo em causa, com consequências imprevisíveis e mais graves do que na situação actual. Por isso, há que definir prioridades em cada momento. Esta é uma prioridade definida com absoluta consciência do passo que tinha de ser dado no País.
Sr. Deputado João Semedo, a sua intervenção foi curiosa porque, por um lado, fala na questão orçamental.
Confesso que não vejo outro caminho que não seja o de consolidar as contas públicas e de dar credibilidade ao País, restabelecendo a confiança junto do cidadão, das instâncias internacionais e dos mercados. Para nós, essa questão é pacífica e, certamente, o Sr. Deputado a compreenderá facilmente.
Por outro lado, quanto à outra matéria, este «santuário» — que também o é, na realidade — faz-me lembrar uma passagem do Evangelho. Segundo São Mateus, só o pecado redime. Confesso-lhe que, nessa matéria, não me sinto absolutamente nada pecador, mas este também não é o espaço para analisar qualquer pecado. Penso que a resposta é bastante clara e sobre essa matéria estamos entendidos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Victor Baptista, deixe-me retomar a pergunta que fiz de manhã e que, infelizmente, só mereceu da parte do Sr. Primeiro-Ministro ataques pessoais e nenhuma resposta minimamente satisfatória do ponto de vista técnico.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — O que se passa com o crescimento económico? Ainda há pouco o Sr. Deputado Victor Baptista referiu que será um crescimento modesto mas que não deixam de ser um crescimento os 0,2% previstos pelo Governo.
Esse valor é credível quando sabemos que os nossos mercados de exportação vão crescer menos do que o previsto, quando vemos que os dados que o Governo apresenta para as importações e para as exportações não são consistentes com este valor, quando vemos que o rendimento disponível das famílias é brutalmente emagrecido e quando vemos que, com estas taxas de juro, provavelmente, o investimento privado também decairá? Repito: este valor tem credibilidade ou não? Como confronta este valor com a recessão prevista de menos 0,7% para efeito de arrecadação da receita fiscal?

Aplausos do CDS-PP.

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