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34 | I Série - Número: 021 | 4 de Novembro de 2010

Ministro das Finanças! Está a olhar para mim? A queda dos impostos é uma das duas razões para que o Banco Espírito Santo anuncie tantos aumentos de lucros.
Com isto, lhe digo, Sr.ª Deputada que, de facto, também aqui há alternativas! Importa é buscar essas alternativas! Só não há alternativas a quem, permanentemente — governos do PS, governos do PSD, Orçamentos do PSD, Orçamentos do PS e Orçamentos, agora conjuntos, do PS e do PSD — , vai por uma via, que é a de submeter o poder político à vontade do poder económico.
E vou citar, novamente, Ricardo Salgado, quando, ontem, ao Jornal de Negócios disse que este acordo orçamental vai no bom caminho» Diz ele, ainda, «fizemos bem as coisas«. «Fizemos bem as coisas» — diz Ricardo Salgado, a propósito do entendimento entre o PS e o PSD! Naturalmente, talvez este acordo sirva ao PS, sirva ao PSD, sirva ao sistema financeiro, mas, Sr.ª Deputada, discordo, e não nos venha dizer que este caminho é inevitável! O País, os portugueses têm que ter, de facto, uma solução alternativa que passe por uma solução que não submeta o interesse do País e dos portugueses aos interesses do sistema financeiro!

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Manuela Ferreira Leite.

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Honório Novo, vamos ver se nos entendemos e se eu deixo muito clara a minha posição sobre esta matéria.
Talvez não haja muita gente, nesta Sala, que discorde tanto do conteúdo deste Orçamento quanto eu.
Podem discordar tanto quanto eu, discordar mais vai ser difícil!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Discordo totalmente do conteúdo deste Orçamento — »

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Tem dias»!

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — » aliás, nem poderia deixar de ser porque ele ç recessivo, ç injusto, é tudo o que o senhor quiser. Tudo aquilo de que o País não precisa está neste Orçamento.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Vai daí»!

Vozes do PCP: — Mas»

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Vota-se!

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Vai daí, como o Sr. Deputado Honório Novo se lembrou de referir, quem paga é quem manda. É aquilo que o senhor faz lá em casa aos seus filhos.

Risos e aplausos do PSD.

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Enquanto estiveres cá em casa, mando eu!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Eu não faço!

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Ó Sr. Deputado, se não faz, devia fazer, porque era um bom sistema de educação dos seus filhos!

Risos e aplausos do PSD.

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