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40 | I Série - Número: 021 | 4 de Novembro de 2010

O Sr. Francisco de Assis (PS): — É isso que o PSD pode e deve dizer, se quer contribuir para a resolução dos problemas com que hoje nos confrontamos.
Este é um Orçamento corajoso, um Orçamento difícil, um Orçamento que adopta medidas impopulares, mas é aquele que, em absoluto, o País hoje precisa. E o Governo — este Governo em concreto e este Primeiro-Ministro em particular — teve a coragem de adoptar essas medidas! Este é um elemento fundamental que aqui tem de ser salientado.

Aplausos do PS.

Também concordo com a apreciação que fez de que nos esperam tempos difíceis. Não apenas a nós, em Portugal, mas à Europa em geral. Não estamos apenas perante uma crise orçamental — também estamos — , que carece de uma resolução urgente e destas medidas imediatas e de emergência, estamos perante uma grave crise económica mais geral. Creio mesmo que estamos perante a primeira grande crise de adaptação da União Europeia ao processo de globalização em curso. A Europa vai viver tempos difíceis, e quem disser o contrário está a enganar os povos.
Temos, pois, de fazer um discurso sério, responsável e de apelo, justamente, à mobilização das pessoas para enfrentarmos as dificuldades que, inevitavelmente, nos esperam no horizonte. Isso exige lideranças firmes, exige lideranças fortes, exige lideranças capazes de assumirem o ónus da impopularidade.
É isso que este Governo está a fazer e é isso que este Primeiro-Ministro, em concreto, está a fazer.

Aplausos do PS.

Por isso merece a nossa admiração e o nosso apoio.
Compreendo que alguém que adquiriu o estatuto que a Sr.ª Deputada adquiriu se permita, com toda a legitimidade, enviar mensagens quer ao Governo quer ao seu próprio partido.
Em relação ao PSD, o que se espera é que tenha uma atitude consentânea com o que, no essencial, foi o teor do discurso que aqui acabou de proferir, mas que não foi o que marcou ontem, na generalidade, a intervenção político-parlamentar do PSD, a qual, aliás, esteve mesmo nos antípodas daquilo que a senhora aqui acabou de fazer.

Aplausos do PS.

Não pedimos ao PSD que se co-responsabilize connosco pela governação do País, porque isso só seria possível se tivéssemos um governo de coligação, se verdadeiramente o PS e o PSD estivessem coligados e se existissem membros do governo do PSD. O que pedimos ao PSD é que assuma inteiramente as suas responsabilidades.
Não é aceitável que o primeiro partido da oposição venha aqui teorizar o princípio da crise permanente; não é aceitável que o maior partido da oposição venha aqui dizer que aprova, hoje, o Orçamento para abrir, amanhã, uma gravíssima crise política;»

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — » não ç aceitável que o maior partido político da oposição venha aqui dizer que «dá a mão» ao País mas que, amanhã, vai pôr em causa o Governo e a estabilidade política do País, porque isso é que põe em causa a nossa credibilidade externa e porque essa não é uma forma séria de enfrentar os problemas e de contribuir para a sua resolução.

Aplausos do PS.

A minha divergência consigo, Sr.ª Deputada, tem a ver com a avaliação do que conduziu a esta situação. O que conduziu a esta situação não foram os governos presididos pelo Eng.º Sócrates.

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