O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

11 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Gusmão.

O Sr. José Gusmão (BE): — Sr. Presidente, os dados da execução orçamental conhecidos ontem e a situação a que chegou a economia da Irlanda, o primeiro país a adoptar os programas de austeridade, deviam servir para mostrar a quem quiser aprender que a política de austeridade não só destrói a economia como não resolve os problemas do ajustamento orçamental. E é agora, depois de verem o que aconteceu à Irlanda, e o que aconteceu ao nosso próprio Orçamento durante o ano de 2010, que os partidos do bloco central se preparam para aplicar uma dose reforçada da mesma política. É o que dá quando se pensa nos bancos alemães e não na nossa economia; é o que dá quando se pensa nos mercados financeiros e não nos cidadãos! O Partido Socialista apresentou-nos um Orçamento com cortes nos salários, nas pensões, nas prestações sociais, no Serviço Nacional de Saúde, com um aumento do IVA e um corte no investimento público.
O PSD «vestiu o fato» de salvador da pátria e veio acrescentar aumentos nos transportes, mais cortes no investimento público, mais cortes nas prestações sociais e mais desorçamentação, que tanto criticou no passado.
O que estes dois partidos nos apresentam hoje é coragem contra os trabalhadores, mas falta dela contra o sector financeiro. Coragem nos cortes do Serviço Nacional de Saúde, mas falta de coragem na relação com as farmacêuticas. Coragem nos cortes das prestações sociais, mas falta de coragem na renegociação das parcerias público-privadas.
Apresentam-nos um Orçamento relativamente ao qual o Partido Socialista irá votar a favor e o PSD irá abster-se, na responsabilidade, e os dois juntos irão votar contra a economia, contra o emprego e contra os portugueses.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Afonso Candal.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Iniciamos, hoje, em sede de Plenário, o debate, na especialidade, do Orçamento do Estado para 2011. Muito se tem dito relativamente ao contexto em que nos encontramos, do ponto de vista quer das finanças públicas quer do enquadramento internacional.
Mas o que é, acima de tudo, essencial não é, de facto, descrever os problemas — ainda que conhecer o problema seja importante e o primeiro ponto a ter em conta — mas, sim, apresentar soluções. E, infelizmente, ao que temos assistido, mesmo em torno do debate sobre esta proposta de lei de Orçamento do Estado, é que são vários os grupos parlamentares que continuam a divagar em torno do problema mas que claramente não apresentam qualquer solução responsável e razoável.
O Bloco de Esquerda diz «não» ao corte nos vencimentos, «não» ao congelamento das pensões, «não» à redução da despesa pública, nomeadamente dos gastos intermédios do Estado, «não» a uma maior selectividade do investimento público. E, se calhar, também, dirá «sim» a reduções de impostos, «sim» ao aumento de gastos sociais. Só que isto não resolve qualquer dos nossos problemas! Pode o Bloco de Esquerda pensar que resolve os seus, nomeadamente eleitorais.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O PS está com mais problemas eleitorais do que nós!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Mas não, porque não há dúvida nenhuma — e os portugueses têm consciência disto — de que nós temos um problema. Temos um problema de finanças públicas, relativamente ao qual, ao longo de vários anos, sob a orientação do actual Primeiro-Ministro, ainda que no governo anterior, e do actual Ministro das Finanças, foi encetado um caminho, paulatino, mas consistente, de consolidação das contas públicas.
Sempre se disse que esse caminho seria um desastre para a economia. Mais, o próprio Bloco de Esquerda, também para o quadro actual, tinha previsto uma hecatombe. E a verdade é que o crescimento

Páginas Relacionadas
Página 0013:
13 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 Aplausos do PS. O Sr. Presidente:
Pág.Página 13
Página 0014:
14 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 comunitários e que, desta forma, ficam
Pág.Página 14
Página 0019:
19 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 que querem. Em 2011, os senhores, aqui,
Pág.Página 19
Página 0020:
20 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Qu
Pág.Página 20
Página 0027:
27 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): —
Pág.Página 27
Página 0043:
43 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presi
Pág.Página 43
Página 0044:
44 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Uma v
Pág.Página 44
Página 0048:
48 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 O Partido Comunista Português tem obrig
Pág.Página 48
Página 0049:
49 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 Como é que o Partido Socialista tem o d
Pág.Página 49
Página 0050:
50 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 Veja a diferença entre o que nós cortam
Pág.Página 50
Página 0052:
52 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 É o que propomos. Aplausos do PCP
Pág.Página 52
Página 0053:
53 | I Série - Número: 022 | 24 de Novembro de 2010 O que o CDS propõe, uma vez que nem seq
Pág.Página 53