O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

43 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010

Por isso, percebemos que, nestas omissões do PSD, estão, no fundo, as duas grandes linhas para a sua visão económica do País e que elas são, efectivamente, um ataque aos portugueses.
Quero dizer-lhe que temos duas formas de integrar a sua intervenção: ou pelo ponto de vista do acto de contrição, vindo fazer aqui uma justificação para estas más opções políticas que acabei de enunciar; ou pelo ponto de vista das «lágrimas de crocodilo». Porque das propostas que apresentou, não houve uma sequer que fosse ao encontro do debate político actual no seio das PME, que é o custo dos factores de produção, nomeadamente, o custo da energia.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Devo dizer-lhe que essa omissão vai também ao encontro do que foi todo o processo do PSD no âmbito do Orçamento do Estado. Isto porque o que ouvimos o PSD dizer sobre os aumentos da electricidade — particularmente, com uma nova taxa que o Governo criou no Verão passado, que onera mais as famílias, os portugueses e a economia — foi nada. Aliás, quando chamado a dar opinião sobre a matéria, porque o Bloco de Esquerda tinha uma proposta que revogava essa taxa e, por isso, reduziria o aumento da electricidade, o PSD votou ao lado do PS para impedir que essa proposta fosse adiante.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Por isso, vemos um PSD que não é nada mais do que parte dos problemas, em vez de ser parte da solução.
A pergunta que lhe deixo é muito simples: está disposto o PSD a evoluir nas suas opiniões e passar para o lado da solução ou continuará a ser um problema para a economia do País?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Couto dos Santos.

O Sr. Couto dos Santos (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, muito obrigado pelas suas questões.
Sr. Deputado, deixe-me dizer-lhe que, em relação à observação que faz quanto ao Orçamento do Estado para 2011, o PSD ç um partido com vocação de poder, com responsabilidade no País,»

Protestos do BE.

» ç um partido que, nos momentos de crise, sabe os momentos certos! VV. Ex.as têm uma acção política do quanto mais o caos existir mais sobrevivem, VV. Ex.as, num populismo barato e folclórico, acabam por tentar enganar as pessoas, mas nós não estamos nessa. O PSD assumiu a sua responsabilidade quanto ao Orçamento do Estado, e fê-lo bem, porque o País precisa de estabilidade e de confiança daqueles que emprestam dinheiro a Portugal para que o Sr. Deputado, hoje, possa estar aí a reivindicar as melhores condições sociais de vida para os trabalhadores portugueses!

Aplausos do PSD.

Sr. Deputado, em relação à energia, fui claro quando disse, inclusivamente, que apelava ao Governo para que não aumentasse a energia, porque as PME iriam ser fortemente penalizadas.
Finalmente, quero dizer que compreendo a posição do Sr. Deputado e até me sinto feliz por estarmos em lados opostos. De facto, a concepção que temos de Estado e de bem-estar para os trabalhadores são diferentes: a minha é a de que os trabalhadores possam subir na vida, ter acesso às condições dos melhores; a vossa é a de que os melhores percam tudo, os trabalhadores tenham menos e os que têm mais tenham menos. É o confronto que vocês têm no interior entre a ideologia que transportam para aqui e que vos trouxe a

Páginas Relacionadas
Página 0045:
45 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010 O Sr. Couto dos Santos (PSD): — Sr. Pr
Pág.Página 45
Página 0046:
46 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010 significam que todos nós, incluindo o p
Pág.Página 46
Página 0047:
47 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010 documentos de texto para passarem a ser
Pág.Página 47
Página 0048:
48 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010 e que não se encontrem ferramentas grat
Pág.Página 48
Página 0049:
49 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010 Uma decisão desta dimensão também não e
Pág.Página 49
Página 0050:
50 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010 tecnológico com fins lucrativos ou natu
Pág.Página 50
Página 0051:
51 | I Série - Número: 028 | 10 de Dezembro de 2010 Esta matéria é de grande importância e
Pág.Página 51