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56 | I Série - Número: 034 | 6 de Janeiro de 2011

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Sr. Secretário de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Portugal comemorou, há dias, os 25 anos de adesão às Comunidades Europeias. Neste quarto de século, o País melhorou significativamente em inúmeros indicadores económicos, sociais e políticos. Habituámo-nos a padrões de desenvolvimento mais exigentes, a cumprir novas regras e a encontrar soluções para um conjunto de problemas, de forma concertada e em solidariedade com os restantes Estados-membros.
Assistimos ao fim da União Soviçtica e tudo o que isso representa a bem de milhões de cidadãos,»

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vê-se!

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — » ao nascimento de países,»

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — » á independência e autonomia de outros, a duas guerras sangrentas no coração da Europa. Vimos a União Europeia alargar-se e a partilhar princípios e valores. As fronteiras dissiparam-se.
25 anos depois, muita coisa podia ter corrido melhor, muitas decisões podiam ter sido mais céleres, inúmeros erros podiam ter sido evitados, mas a democracia não é um sistema imaculado nem a natureza humana um poço sem fundo de virtudes. A Europa soube, aos poucos, sarar profundas feridas do seu passado recente e redesenhar-se politicamente como um imenso espaço de liberdades, oportunidades e compromissos.
25 anos depois, muitos europeus estão desiludidos, angustiados com as dificuldades, defraudados com certas expectativas criadas. O ano que agora começa ainda mal nasceu e já tem o seu calvário traçado.
Permitam-me, por isso, que centre esta minha intervenção não nas dificuldades que nos esperam mas nas oportunidades que a integração europeia continua a abraçar. O discurso político sobre os assuntos europeus tem de mudar radicalmente em Portugal. É preciso interiorizar que os temas da União Europeia não são domínios que se esgotam na política externa nacional e, por isso, estranhos ao quotidiano dos portugueses.
Antes de uma visão de futuro, quero deixar claro que o CDS acompanha globalmente o Programa de Trabalho da Comissão Europeia para 2011: na reforma da regulação financeira, no reforço do mercado comum, no desenvolvimento de uma acção externa eficaz, pensando ser necessário acrescentar uma área, a que somos muito sensíveis, que é a questão demográfica.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Já não há tempo para adiar mais esta questão, Sr. Ministro.
Demos, ao longo da nossa História, inúmeros sinais de que somos um povo generoso e politicamente maduro.
Sr. Presidente, importa, mais uma vez, neste início de 2011, olhar em frente e acreditar nos portugueses, sobretudo numa geração europeia, nascida e crescida com a integração de Portugal na União Europeia, educada na diversidade política, na liberdade de acção e pensamento, no contacto diário com outros europeus, estudando nas suas universidades, viajando com eles, debatendo com eles, aprendendo com eles.
Falta, no nosso país, um discurso político virado para esta geração, a geração Erasmus, que se mede pelos padrões de exigência de realidades mais desenvolvidas e competitivas, que não tem medo de ir e ficar, que arrisca e procura criar riqueza;»

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — » que, infelizmente, muitas vezes, já não volta para Portugal, não porque deixe de gostar do seu país mas porque as condições que aqui encontra são, muitas vezes, desmotivadoras para seguirem os seus objectivos.

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