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12 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011

Olhe, Sr. Deputado, o que eu sei é que naquele banco estava uma colecção de ex-ministros do PSD: Dias Loureiro, Daniel Sanches, Rui Machete, Arlindo de Carvalho, Miguel Cadilhe, Oliveira e Costa! Quanta mais gente da nata do cavaquismo e da governação do PSD queria o senhor que dessem as provas provadas? Fraude! Campanha negra foi o que aconteceu no BPN!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exactamente!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Buraco negro da democracia portuguesa!

Aplausos do BE.

Hoje, os contribuintes têm de pagar este banco, que foram os senhores que afundaram.

Aplausos do BE.

Foram os senhores que o assaltaram e, por isso, comecemos pelas coisas como elas são.

Protestos do PSD.

Vozes do BE: — É verdade!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — É claro que, neste debate, Sr. Deputado Miguel Macedo, o que o Bloco de Esquerda disse foi «a única alternativa é a nacionalização, queremos a nacionalização, votaremos pela nacionalização, se houver uma õnica condição»« E a õnica condição era a de que os contribuintes fossem protegidos, porque é assim que se defende o interesse público. E foi por isso que votámos contra a lei, porque ela não garantia o interesse público, como se está a ver, agora.
Mas o Sr. Deputado quis defender aqui, sem argumento algum, a posição ontem apresentada pelo seu candidato presidencial, Cavaco Silva. Cavaco Silva veio dizer que havia uma campanha negra, uma infâmia contra a democracia. Mas agora sabemos factos, que são os seguintes: Cavaco Silva era um dos donos do BPN; Cavaco Silva era accionista da proprietária do BPN e, por um contrato que se recusa a mostrar aos portugueses, assegurou para si próprio mais-valias de 140%.
Sabe o que é a realidade deste buraco negro, Sr. Deputado? É poder haver quem, com todo o seu poder político, possa ter uma vantagem patrimonial que os portugueses não podem ter.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Pois claro!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Uma vantagem extraordinária, e uma vantagem que decorre de um favor.
E, por isso mesmo, esta é uma questão da democracia, é uma questão da transparência, é uma questão da responsabilidade. E se um candidato não é capaz de responder pela transparência e pela responsabilidade certamente não reúne as condições democráticas para ser Presidente da República.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Macedo para defesa da honra da bancada.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Exactamente, Sr. Presidente, deitando mão de um recurso que muito raramente tenho invocado nesta Assembleia.
Quero dizer, Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sr. Deputado Francisco Louçã, que a democracia se constrói com decência.

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