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49 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor: — Cuidar dos interesses dos cidadãos não pode significar a imolação da competitividade das empresas.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Que descaramento!

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor: — A melhor forma de destruir os serviços públicos e impedir o Estado de cumprir as suas funções sociais seria acatar as propostas extremadas, que oneram a despesa e prejudicam a competitividade das nossas empresas.
Qual é o Executivo democrático que não tem por objectivo promover o crescimento e o emprego, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, reduzir impostos e aumentar salários e pensões?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O seu, por exemplo! O seu não tem esse objectivo!

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor: — Não basta fazer propostas socialmente desejáveis, as mesmas terão de ser economicamente viáveis e financeiramente sustentáveis. Assim o exige a própria defesa do Estado social.
Srs. Deputados, terminamos este debate com uma certeza: haja o que houver, para o ano cá estará o PCP para mais um debate de urgência sobre o mesmo tema, à semelhança dos últimos anos, dizendo que os aumentos são exagerados.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Se houver aumentos, pode ter a certeza!

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor: — Num exercício de autoflagelação, o PCP demonstra, assim, a sua total incapacidade em perceber o funcionamento de uma economia de mercado, em que os portugueses querem viver.
Mas demonstra mais: que os seus argumentos, neste tempo económico e nos moldes em que foram apresentados, só podem ser entendidos como uma associação ao discurso miserabilista contra a pobreza.
Estamos esclarecidos quanto a esta sintonia.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, no encerramento do debate de urgência, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Agora que acabámos de ouvir o Sr. Secretário de Estado dizer que a vida nunca esteve tão barata e que aquilo que o PCP traz aqui não é nada de novo está na altura de regressar à realidade e de falar na vida concreta.

Aplausos do PCP.

Aquilo a que assistimos neste debate, por parte dos partidos da política de direita, foi, na verdade, a um revoltante cortejo de hipocrisia política, a um festival de fanfarronice, de quem fala em «determinação», em «rigor» e em «coragem», quando se trata de carregar sobre os mais pobres, sobre os trabalhadores e sobre o povo, mas, depois, vêm de «chapéu na mão», subservientes para com os grupos económicos e financeiros, dizer que aí já não se pode tocar.
Quem vem falar de irresponsabilidade tem de «ver-se ao espelho» e pensar nos resultados reais e concretos para a vida das pessoas que esta política de desastre nacional está a provocar.
Quem vem falar de «sacrifícios para todos» tem de olhar para as fortunas que se acumulam, à custa da situação cada vez mais dramática daqueles que não têm como pagar o pão, a electricidade, os transportes, os medicamentos, a habitação, as taxas de juro galopantes e verdadeiramente astronómicas.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

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