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38 | I Série - Número: 039 | 15 de Janeiro de 2011

Em nome do PCP, quero apresentar à Família de Victor Alves e aos militares de Abril, o nosso mais sentido pesar.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Ribeiro e Castro.

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Começo por citar um texto.
«Congratulando-se com os espaços de liberdade, de participação e de responsabilidade cívica que os militares do 25 de Abril vieram oferecer aos portugueses; Reivindicando a necessidade de se construir, em Portugal, um tipo de sociedade inspirada nos melhores valores democráticos e humanistas da Europa Ocidental e capaz de corresponder aos verdadeiros anseios de todos e cada um dos portugueses, é criado o Partido do Centro Democrático Social - CDS».
Li um trecho da «Declaração de princípios» do nosso partido, pois é daqui que data a nossa relação com o Major Victor Alves — e cito-o como Major, porque foi assim que o conhecemos e que a generalidade do País o evoca e o recorda, dos tempos mais intensos da vida política portuguesa e da fundação da nossa democracia.
Naturalmente, numa vida política que foi muito acidentada, o nosso relacionamento com o Major Victor Alves teve momentos de coincidência e proximidade e momentos de distância e de afastamento. Mas tivemos sempre a noção de que com ele caminhávamos em linhas paralelas.
Recordo-me do que aprendi em matemática e geometria: as linhas paralelas são aquelas que só se encontram no infinito. Ora, mesmo nos tempos de distância entre nós e o Major Victor Alves, de facto, tínhamos a sensação de que ele e aqueles que lhe eram mais próximos, tal como todos os militares que se mantiveram fiéis ao projecto do 25 de Abril e que com ele integraram o «Grupo dos Nove», caminhavam na mesma direcção que nós: a da defesa do projecto da construção de uma democracia pluralista em Portugal.
É essa a memória que dele guardamos: a da fidelidade, como militar, ao projecto civil e democrático do 25 de Abril. Por isso, a sua morte tocou-nos também particularmente e é com profunda identificação que também subscrevemos este voto.
Queria ainda deixar uma palavra particular ao redactor deste voto, que, creio, foi particularmente feliz no texto que apresentou. Aliás, considero que Victor Alves e a sua Família mereciam a felicidade deste texto, que, aliás, tem inspiração pessoal.
Os espaços a que verdadeiramente pertencemos, nas coisas que para nós são mais intensas e mais humanas, são os espaços das nossas relações pessoais e da nossa personalidade. Este voto regista-o de uma forma particularmente feliz, a qual o nosso Grupo Parlamentar não quer deixar de assinalar, neste breve momento de homenagem.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os Verdes associam-se e subscrevem o voto de pesar pelo falecimento do Coronel Victor Manuel Rodrigues Alves.
Victor Alves foi não só um Capitão de Abril como ainda um dos Capitães de Abril mais activos. A Victor Alves coube, entre tantas outras coisas, a importante responsabilidade de coordenar o Programa do Movimento das Forças Armadas e ser o primeiro porta-voz do MFA, logo no dia 25 de Abril de 1974, portanto, foi a primeira face visível desse Movimento e desse Dia que mudou os nossos destinos.
Victor Alves era um cidadão que procurava os consensos, um homem corajoso e um cidadão seriamente comprometido e empenhado na concretização do sonho que norteou o espírito dos grandes Capitães de Abril.
Os Verdes apresentam, assim, à Família e também aos Capitães de Abril o nosso mais sentido pesar.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Manuel Pureza.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Bloco de Esquerda associase, evidentemente, a este voto de pesar e cumprimenta também o Sr. Deputado Marques Júnior pelo teor da respectiva redacção.

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