O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

41 | I Série - Número: 039 | 15 de Janeiro de 2011

tempo para rasgar e tempo para coser; tempo para calar e tempo para falar; tempo para amar e tempo para odiar; tempo para a guerra e tempo para a paz.’ O Victor percorreu o seu tempo e nada foi alheio à sua experiência de vida.
Nasceu no último dia do mês das vindimas quando as uvas maduras se transformam em néctar precioso que, também, simboliza a transubstanciação do sangue de Cristo.
Morreu na estação do ano em que periodicamente comemoramos o Nascimento do Menino, que veio oferecer ao mundo o renascimento na Fé e no Amor.
Plantou sementes de vida, biológica e social, e desejou arrancar as ervas daninhas que aqui e acolá vão despontando.
Ansiou por destruir sinais da menoridade humana e edificar um mundo mais igualitário e justo.
Usufruiu à saciedade o tempo de lágrimas e de risos e, também, o dos lamentos e folguedos, na diversidade das vivências entretecendo a sua identidade.
Lançou pedras e juntou-as na construção dos seus sonhos.
Abraçou enternecidamente a vida, sem nunca comprometer a liberdade das suas escolhas.
Encetou a sua demanda, celebrando ganhos e aceitando perdas.
Guardou ciosamente as dádivas recebidas, sem sucumbir ao seu peso.
Rasgou caminhos, procurando coser-se ao mais íntimo de si mesmo.
Calou as suas mágoas, nunca se abstendo, contudo, de pugnar pelas suas ideias.
Amou com (com)paixão e, se conheceu o sentimento do ódio, jamais o cultivou.
Praticou a arte da guerra, sem nunca perder o ideal da paz.
‘Tudo tem o seu tempo’.
Chegou o momento de o Victor caminhar da periferia, onde habitamos nas nossas fragilidades e sonhos, para o Centro onde se desvenda a Plenitude.
Como testemunha de uma vida partilhada por quase meio século, desejo ardentemente que, na sua demanda do Centro seja dado ao Victor apaziguar a inquietude que o preparou para percorrer, ora em alegria ora em dor, o caminho de Plenitude redentora».
A Assembleia da República apresenta à sua família e aos militares de Abril as suas sentidas condolências.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, passamos ao voto n.º 93/XI (2.ª) — De pesar para com o povo brasileiro (PS, PSD, CDS-PP, BE, PCP e Os Verdes).
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Damásio.

A Sr.ª Teresa Damásio (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Uma tragédia de dimensões que ainda não somos capazes de quantificar em toda a sua extensão abateu-se sobre a zona serrana do Estado do Rio de Janeiro, particularmente sobre as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, em consequência das mais fortes chuvadas dos últimos 50 anos.
Cheias e desabamentos de terras que, até ao momento, já provocaram a morte a mais de 500 vidas humanas e cerca de 13 000 desalojados, para além de danos materiais incalculáveis. De facto, segundo informação disponibilizada, as principais infra-estruturas da região encontram-se destruídas, bem como as vias rodoviárias, que deixaram populações isoladas e incomunicáveis.
O sistema de comunicações também foi fortemente afectado, levantando-se agora os problemas associados a este tipo de intempéries, como seja a falta de água potável e de electricidade.
O Grupo Parlamentar do PS, perante esta calamidade, endereça às famílias enlutadas e ao povo brasileiro as suas condolências. Às autoridades municipais, estaduais e nacionais manifesta a nossa profunda solidariedade.
Neste momento de profunda dor, apraz-nos registar que o Governo português, através do Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, já expressou junto do Executivo brasileiro a consternação pela devastação causada.
Em face deste grande infortúnio, e tendo bem presente os singulares laços que nos ligam ao Brasil, sentimos qualquer calamidade que aí ocorra, ou em qualquer Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, como se ocorresse intramuros.

Páginas Relacionadas
Página 0042:
42 | I Série - Número: 039 | 15 de Janeiro de 2011 O Grupo Parlamentar do PS confia que a n
Pág.Página 42