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18 | I Série - Número: 047 | 4 de Fevereiro de 2011

Espero que haja noção de que o que se passa no País, neste momento, é que esse é um dado com que a maioria dos jovens está confrontada: vale a pena, ou não, continuarem no seu país, lutarem por um projecto de vida, acreditarem que vale a pena ou, simplesmente, quando chegam à fase de terem o seu projecto de vida, o vão desenvolver lá fora.
E não há nenhum projecto nacional que consiga inverter a situação catastrófica em que o País se encontra que possa prescindir da força desses jovens para conseguir dar a volta à situação do País.

Aplausos do CDS-PP.

Quem continuar a insistir em medidas como estas, que nacionalizam o esforço desses jovens, levará a que esse esforço no sentido de recuperar o País «vá por água abaixo». Infelizmente, os indicadores que o Sr. Deputado nos deu nesta intervenção são exactamente no sentido de o PSD não estar disposto para essa inversão.
Falou-nos de rigor, mas, sobre rigor, quero lembrar aqui algumas questões.
O Sr. Deputado diz — e é verdade — que as taxas sociais não são impostos, mas as taxas sociais nos recibos verdes também não dão o retorno que dão as taxas sociais noutras situações contributivas.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Deputado, qual é o subsídio de desemprego para quem paga estas taxas sociais nos recibos verdes? É zero, Sr. Deputado!

Aplausos do CDS-PP.

Quanto tempo tem de estar doente quem trabalha a recibo verde para receber alguma coisa da parte do Estado? Tem de estar doente 30 dias, não recebe nada durante esses 30 dias, fica sem o ordenado completo, e só a partir desse momento é que pode começar a receber. Acha isto justo? É isto que o PSD acha que faz sentido? É isto que o PSD acha que se deve manter? Pois, Sr. Deputado, é isto que os jovens portugueses esperam que mude hoje, e pode mudar, se for aprovado o projecto de resolução do CDS.
Mas, se não for aprovado, o PSD, depois dos PEC e do Orçamento do Estado, será, mais uma vez, responsável por manter uma situação insustentável para o País, uma situação, neste caso, de nacionalização do esforço de uma nova geração, que é essencial para contribuir para a evolução da situação do País.
E essa nova geração, como já disse, decide se vale ou não vale a pena trabalhar, decide se vale ou não vale a pena continuar no País, mas também decide, certamente, uma coisa: se vale ou não vale pena «passar cartão» a partidos que não se preocupam minimamente com a sua situação, a partidos que não investem minimamente na sua capacidade de trabalho»

Risos do Deputado do PS Jorge Strecht.

Não se ria, Sr. Deputado, porque não tem graça nenhuma! Como eu estava a dizer, essa nova geração também decide se vale ou não vale a pena «passar cartão» a partidos que não investem na sua capacidade de trabalho e que, única e exclusivamente, mantêm um sistema que nacionaliza o seu esforço, de uma forma totalmente inaceitável. É esta resposta aos jovens portugueses que se espera do PSD.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Pinho de Almeida, deixe-me começar esta matéria pelo princípio: V. Ex.ª não teve o privilégio de estar no debate que se fez à volta do Código Contributivo em 2009, mas pode perguntar ao seu colega de bancada Pedro Mota Soares como é que o PSD

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