O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

50 | I Série - Número: 056 | 25 de Fevereiro de 2011

Dizem os peticionários que o Hospital de Chaves está desqualificado, sendo que a urgência médicocirúrgica, tão necessária e fundamental para a sua região, está hoje em causa, não acreditando já na capacidade do seu Conselho de Administração para reverter a actual situação.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O CDS entende, neste caso, como em todos os outros, que o Partido Socialista, devido à inexistência de um diálogo permanente com as populações envolvidas, leva a situações de conflito e incompreensão com que ninguém beneficia e, em última análise, pode criar desigualdades em que o mais fragilizado de todo este sistema, o doente, é seguramente o mais prejudicado.
Que o bom senso impere e que o Ministério da Saúde saiba assumir as responsabilidades nesta matéria.
Bem-haja!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, esta petição é de uma grande clareza e de uma grande simplicidade: defende e exige a criação de uma unidade local de saúde no Alto Tâmega.
Esta reclamação é feita em nome e nasce da necessidade de defender o Hospital de Chaves, naquele que foi um processo mal desenvolvido — estou a referir-me, por um lado, à criação do Centro Hospitalar de Trás-osMontes e Alto Douro e, por outro, à integração do Hospital de Chaves nesse mesmo centro hospitalar.
Isto tudo resultou de o Partido Socialista ter «desatado» a construir e a instalar centros hospitalares, prometendo, com essa criação e com essa construção, que todos os problemas se resolveriam, que os recursos seriam melhor utilizados, seriam potenciadas as sinergias de todo o tipo — tecnológicas, de recursos humanos, e até de recursos financeiros — , que os serviços seriam de melhor qualidade e de maior proximidade.
Sem querer antecipar qualquer avaliação geral deste processo, que, aliás, o Governo já devia ter feito e ainda não fez, pode dizer-se com toda a segurança que o se passou com o Hospital de Chaves desmentiu todos os benefícios anunciados pelo Governo com a criação do centro hospitalar.
O Hospital de Chaves perdeu tudo: perdeu médicos, perdeu profissionais, perdeu valências, perdeu especialidades, perdeu a maternidade, e mesmo o serviço de urgências, que, como consta da lei, estava previsto ser um serviço de urgências médico-cirúrgicas, é hoje mais parecido com um serviço de urgência básica do que com uma urgência médico-cirúrgica.
Portanto, esta petição pretende a criação da unidade local de saúde não só para defender a qualidade dos serviços de saúde do Alto Tâmega mas, muito particularmente, para poder reabrir um processo de revalorização e diferenciação do Hospital de Chaves.
Tal como os peticionários, não vejo outra solução para a situação que está criada no Alto Tâmega. Não digo que a unidade local de saúde resolva todos os problemas, porque o primeiro problema que é preciso resolver é o de reinvestir novamente no Hospital de Chaves e, a partir do Hospital de Chaves, em articulação com os agrupamentos dos centros de saúde e com as unidades dos centros de saúde, construir e instalar a unidade local de saúde. Julgo que é a resposta mais adaptada.
Também quero dizer com grande clareza que, do nosso ponto de vista, não são precisos mais estudos. A unidade local de saúde pode ser constituída, pode ser criada, pode ser instalada a qualquer momento, desde que — isso diferencia-nos de alguns projectos de resolução que foram entretanto apresentados — essa unidade local seja constituída autonomamente relativamente ao centro hospitalar. Se a unidade local ficar dentro do centro hospitalar, aquilo que hoje se passa com o Hospital de Chaves irá passar-se muito em breve com a unidade local de saúde, onde ela for construída.
Sr. Presidente, abusando um pouco da sua tolerância, termino saudando os peticionários aqui presentes, e também os ausentes, os Srs. Presidentes de Câmara e outros autarcas destes concelhos do Alto Tâmega, valorizando o seu exemplo de cidadania e também a determinação e o exercício de responsabilidade cívica em que apostaram e que incluíram nesta petição que desenvolveram.

Aplausos do BE.

Páginas Relacionadas
Página 0049:
49 | I Série - Número: 056 | 25 de Fevereiro de 2011 Importa, assim, que o Governo reveja a
Pág.Página 49