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40 | I Série - Número: 057 | 26 de Fevereiro de 2011

Mas, claro, há sempre quem queira referir-se a isto apenas com o objectivo demagógico de obter popularidade fácil — lamento muito. E quem pensa que assim constrói uma carreira política, está equivocado.
Não é assim que se constrói uma carreira política para servirmos bem o nosso País.
Por outro lado, devemos reconhecer que o melhor investimento nos jovens é o investimento em ciência.
Toda a minha geração política sempre aspirou a que pudéssemos investir em ciência 1% do nosso produto interno bruto. A verdade é que, em 2009, Portugal investiu 1,71% do nosso produto interno bruto em ciência.

Vozes do PCP: — Isso é falso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nestes últimos cinco anos, Portugal foi o País que mais progrediu no investimento em ciência. Isto é apostar nos jovens. Isto é construir um destino melhor para os nossos jovens.
É que a ciência ajuda, melhora a nossa economia e dá mais oportunidades aos jovens.
Quando temos hoje 81% dos nossos jovens, entre os 15 e os 19 anos de idade, na escola secundária, isto significa que estamos a dar mais oportunidades aos nossos jovens.
Quando temos hoje 35% dos jovens, com 20 anos, na universidade ou no politécnico, isto significa que estamos a dar mais oportunidades aos nossos jovens.
Que não haja qualquer equívoco: aqueles que pensam que não é rentável estudar, pensem na ignorância — essa é que nunca será rentável! Tenho a certeza que todos aqueles jovens que estão empenhados em dar o seu melhor por si próprios, pela sua família e pelo seu País reconhecem que os investimentos na educação são a melhor forma de garantir que os jovens terão mais oportunidades.
Mas bastará isso? Não basta. É preciso medidas concretas, medidas de políticas activas de emprego. De todas essas, o estágio é a melhor medida para propiciar oportunidades aos jovens.
Já foi dito que, no ano passado, no sector privado, financiámos 39 000 estágios profissionais. E o PSD é capaz de dizer coisas absolutamente extraordinárias, como, por exemplo, que anunciei o INOV Mundus mas que no INOV Mundus não há jovens, que a taxa de execução é zero. Lamento, mas o PSD não está a dizer a verdade.

Vozes do PSD: — É verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Teremos de mandar para o PSD a lista dos nomes dos 90 jovens que estão ou estiveram no INOV Mundus.
Chegou-me agora a informação — o PSD não sabe isto, mas o PSD, quando não sabe, «dispara», em vez de estudar ou de perguntar antes — que o INOV Mundus não é gerido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) mas, sim, pelo Instituto de Cooperação. Mas como o PSD não sabe isto, afirma imediatamente que não há nenhum jovem no INOV Mundus — há 90 jovens! Por isso, lamento muito mas o único contributo que o PSD traz para esta discussão é não dizer a verdade.
Se me permitem, o PSD também ganhava em ir ver os números publicados no boletim de Dezembro do IEFP — aliás, parece que até estão on-line, pelo que não custará nada.
Sr. Deputado, como disse, as medidas que anunciámos são medidas que se destinam a resolver o problema de forma pragmática, a contribuir para essa resolução, a dar mais oportunidades, a combater os estágios não pagos, a dar oportunidades de segurança social aos jovens estagiários, a aumentar os estágios, mas também a garantir aos jovens que terão mais oportunidades com base nas políticas activas de emprego.
Julgo que o esforço que vamos fazer agora com as universidades e com os politécnicos para criarmos cursos de formação para os licenciados que melhorem a sua empregabilidade é talvez uma das medidas mais poderosas para combatermos o problema.
Mas o Sr. Deputado tem toda a razão: o problema não é apenas o reconhecimento daquilo que existe, a questão está nas respostas. Eu já disse, e reafirmo, que o PSD aproveita este problema para tentar impor a sua agenda ideológica. Senão, vejamos: o que é que o PSD diz aos jovens? Diz estas duas coisas: primeiro, que os contratos a prazo poderão ser orais. Não obriga a que sejam, mas podem ser.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Outra vez?!

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