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38 | I Série - Número: 059 | 4 de Março de 2011

Por outro lado, como disse — e bem! — , embora tenhamos tido a nossa posição, é preocupante a situação em relação a vias de comunicação, nomeadamente quando elas são estruturantes. Deste ponto de vista, gostava de deixar aqui a nossa estupefacção por o Sr. Ministro das Obras Públicas ter vindo aqui ao Parlamento anunciar 12 000 milhões de euros para obras públicas, quando, praticamente 15 dias antes, tinha desclassificado a ligação de Beja a Lisboa, que seria uma via estruturante fundamental.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Confessamos claramente, neste momento, a nossa preocupação e a nossa estupefacção, até mesmo pela coincidência dos dois anúncios.
Mas o tempo passa e eu não quero deixar de lhe fazer, pelo menos, uma pergunta, que para mim é muito importante: face a um investimento, que é, de facto, o maior que está a ser feito no País, que é o empreendimento do Alqueva; face à gestão que tem sido feita pela EDIA, que, quanto a nós, neste momento, é, pura e simplesmente, uma mera empresa de construção civil, pois esqueceu o apoio aos agricultores, a rega e o que estava previsto a jusante, nomeadamente a comercialização dos produtos agrícolas, etc., o que é que o Sr. Deputado pensa sobre um dos novos modelos que admite a hipótese de desprezar totalmente os agricultores e concentrar toda a gestão numa instituição centralizada?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Ramos.

O Sr. João Ramos (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Lynce, muito obrigado pelas suas questões.
V. Ex.ª tocou aqui em dois projectos importantes para a região, o empreendimento do Alqueva e o aeroporto de Beja, usando os dois para dizer que não basta dizer que se fazem investimentos na região, que não é construindo uma aerogare ou uma barragem que a região se desenvolve, porque, depois, tem de haver uma estratégia ligada àquele investimento que se faz, e isso é que não existe.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. João Ramos (PCP): — Esse é que é o problema! Neste estudo que recentemente foi apresentado e divulgado sobre o Alqueva, a vertente agrícola parece ser esquecida, é completamente posta de lado. Ele tem uma preocupação muito mais imobiliária. Há uma preocupação muito maior com a venda dos terrenos da EDIA do que com as questões agrícolas.
Por isso, não basta construir a infra-estrutura, é preciso ter um projecto de desenvolvimento, e parece que o PS teima em não perceber isto.
O empreendimento do Alqueva está pronto. E, como o PS diz, não foi adiantado, porque, se as obras do Alqueva não têm parado, o empreendimento já estava construído há 17 anos.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. João Ramos (PCP): — Foi isso que o PCP sempre reivindicou!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. João Ramos (PCP): — Há 17 anos que o Alqueva podia estar a dar um contributo para o desenvolvimento do Alentejo e do País e, hoje, talvez o distrito de Beja não estivesse no estado em que está.
Falta uma estratégia. Tem avançado o olival e o Ministério da Agricultura já admitiu que o que está plantado, quando entrar em plena produção, levará à auto-suficiência do País. E o resto?! Está a ser utilizada metade da terra que é possível utilizar e o que é que fazemos com o resto? Quais são as culturas que vamos utilizar? Qual é a estratégia? Em que fileiras é que vamos apostar para promover também a agro-indústria,

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