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40 | I Série - Número: 059 | 4 de Março de 2011

Para o Bloco de Esquerda é inaceitável que a Alemanha dite cada alínea do novo programa deste Governo. Os portugueses não sufragaram o programa de governo da Alemanha para Portugal, nem aceitaram, com o seu voto, resolver os problemas da banca alemã. É tudo isto que está em causa.
Os que defendem os interesses da banca europeia na especulação sobre as dívidas soberanas e exigem novos sacrifícios aos sacrificados do costume já sonham, acordados, com a entrada do FMI na Portela.
Marques Mendes, Paulo Rangel e a galeria dos notáveis do PSD tem-se juntado quase diariamente para ver se, em grupo, o FMI os escuta melhor e aporta em Portugal mais depressa.
Na verdade, Passos Coelho sabe que o seu programa liberal, o seu objectivo de acabar com a universalidade dos serviços públicos de saúde e de educação, é mais fácil com o avião do FMI na Portela, porque é a inevitabilidade que foi decidida pelo estrangeiro.
Sr.as e Srs. Deputados: Falta coragem à Europa para ser mais Europa.
Em vez da mesquinhez, da pequenez das actuais lideranças europeias, pedia-se coragem para proteger o euro da especulação, coragem para defender uma política para o crescimento económico e para uma política económica contra a recessão e um mecanismo de dívida pública europeia que coloque fim à especulação.
Coragem, eis o que falta à Europa para colocar um ponto final nesta espiral recessiva que tem atirado a economia portuguesa e a europeia para o abismo da recessão e do desemprego.
Mas isso, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, não será possível com o contentamento recessivo do PS e do PSD.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Cecília Honório, podemos ter todas as discussões possíveis sobre o rumo que a Europa escolheu, sobre as reformas necessárias para a Europa, sobre a política errada da Alemanha e dos países de direita na União Europeia. Sim, podemos ter todas essas discussões. O que é inaceitável, porque hipócrita, é achar que de uma mera negação podemos censurar aqueles que não têm alternativa senão lidar com uma coisa que o Bloco rejeita à partida, que é a realidade. A Alemanha existe, a Europa de direita existe e é com ela que temos de lidar.
Portanto, todas as transformações políticas, sejam as que o Bloco defende, sejam as que o PS defende, sejam as que defende outro partido qualquer, têm de lidar com a realidade incontornável da existência da Alemanha e dos que não concordam com as nossas posições.
A Sr.ª Deputada critica o Primeiro-Ministro a partir de uma posição irrealista. É por isso que é hipócrita, porque as suas bravatas ideológicas podem ser muito interessantes, mas não contribuirão o que quer que seja para mudar as escolhas políticas actuais da União Europeia.

Aplausos do PS.

Sr.ª Deputada, o que o Primeiro-Ministro faz é aquilo que qualquer Primeiro-Ministro responsável do nosso País devia fazer: agir nos superiores interesses da nação. E os superiores interesses da nação, neste momento, defendem-se indo a Berlim, sim, porque a Alemanha, quer a Sr.ª Deputada goste quer não, tem uma posição que mais nenhum país na União Europeia tem, neste momento.
Portanto, sim, é com a Alemanha que temos de negociar! Gostava de perguntar à Sr.ª Deputada se acha, na defesa dos superiores interesses da nação, que seria melhor Portugal não ir à Alemanha. Ou seja, acha que, nessa sua posição de intransigência e de pureza ideológica, o melhor que Portugal faria era ignorar e, como diz o PCP e o BE, dizer «não» e «bater o pé» aos mercados financeiros e aos especuladores? Acha que era melhor para Portugal não negociar com quem tem, de facto, o poder para decidir em Março? O BE acha que essa era uma posição que defendia os superiores interesses do País?

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