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15 | I Série - Número: 059 | 4 de Março de 2011

base da criação dessa comissão. É verdade que o Governo tem dado alguns indícios que nos preocupam — é verdade! — ,»

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — «Alguns indícios«»!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — » mas o PSD não anda distraído com isso, Sr. Deputado, o PSD aguarda o momento certo para marcar e vincar bem a sua posição.

Aplausos do PSD.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Depois da inauguração?!

O Sr. Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, começo por dizer-lhe, de uma forma muito clara, que não posso deixar de considerar a sua afirmação, de que vivemos numa «ditadura em estado terminal», como uma afirmação absolutamente indecorosa e inaceitável, e nenhum português se identifica com essa afirmação.

Aplausos do PS.

Aliás, só podemos compreendê-la como uma atitude de desespero e mau humor do PSD, ao perceber que, se não chega rapidamente ao poder, talvez não seja já a actual direcção do PSD que chega ao poder.

Aplausos do PS.

Se não for esta a explicação, então, de facto, só posso considerar que os termos em que se exprimiu nesta sua intervenção são de uma absoluta irresponsabilidade.
Mas deixe-me também dizer-lhe, a propósito do que referiu sobre o que seria vivermos numa democracia madura e participativa, que o grande problema que o PSD tinha em relação à intervenção que hoje iria fazer era o de não poder dizer que os números da execução orçamental avançados eram maus, era o de não poder dizer que o encontro com a Sr.ª Angela Merkel correu mal, porque não pode dizer que correu mal.
Portanto, tenta desviar as atenções e concentra-se em discutir o processo relativo aos números da execução orçamental, que é o que faz, ou, então, quanto ao encontro com a Sr.ª Angela Merkel, diz: «Bem, vamos esperar pelo Conselho Europeu, porque aí, sim, ç que as coisas vão correr, definitivamente, mal«»! Mas, se o contributo que o PSD tem para dar, neste momento, é o tipo de intervenção que o Sr. Deputado aqui proferiu, então, de facto, o PSD não percebe rigorosamente nada do momento que estamos a viver.

Aplausos do PS.

Nenhum Deputado minimamente sério pode dizer que não faria, se estivesse no Governo, o que o Governo fez ontem, quanto à confirmação dos bons resultados da execução orçamental.
Mas deixe-me também dizer-lhe, Sr. Deputado, que não estranhamos o que veio aqui dizer, porque já outros colegas seus, de partido, como os Eurodeputados Paulo Rangel e Mário David e o ex-Deputado Marques Mendes, fizeram afirmações, ao Financial Times, dizendo que era óbvio que Portugal precisaria de recorrer ao Fundo Monetário Internacional ou ao Fundo de Estabilização Financeira da União Europeia.
Portanto, percebemos o grande desespero e a grande decepção do PSD.
Mas o Sr. Deputado também referiu que o PS e o Governo oscilavam de posição, «davam uma no cravo e outra na ferradura». Ora, nesse aspecto, o PSD poderia ter um bocadinho mais de humildade quando olha para os outros, olhando, primeiro, para si próprio. É porque, de facto, relativamente à aprovação do Orçamento do Estado para 2011, o PSD oscila sempre nesta posição»

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