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27 | I Série - Número: 060 | 5 de Março de 2011

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — É porque quando é para reforçar o patronato o Partido Socialista nem questões técnicas invoca. É assim porque tem de ser! Embarateçam-se os despedimentos! Facilite-se a precariedade! Cortem-se os subsídios de desemprego!»

Protestos do PS.

Aí não há, de facto, questões técnicas a apontar. Portanto, o Sr. Deputado do Partido Socialista junta-se bem em parelha ao PSD e ao CDS, quando diz que «Sim, senhor, que desgraçados que são os jovens que vivem com ‘recibos verdes’. Ai, coitadinho do País»!«. Mas depois vem sempre um «mas« a meio da intervenção, a dizer que tem de continuar tudo como está»

O Sr. António Filipe (PCP): — Exactamente!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — » e que ç uma sorte se não ficar pior», que se devem sentir sortudos se isto não se tornar pior» É porque, de facto, os jovens trabalhadores que sobrevivem com «recibos verdes», quando ouvem o Sr. Deputado, sabem bem que não têm protecção em situação de desemprego, que não têm protecção em situação de maternidade, que não têm direito a subsídio de Natal, que não têm direito a subsídio de férias, que não têm direito a uma vida digna!»

O Sr. Jorge Strecht (PS): — E então? Já sabemos!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E percebemos bem porque é que o Partido Socialista, mas também o PSD e o CDS vivem mal com a luta de classes, vivem com facto de os jovens quererem lutar pelos seus direitos.
De facto, sabemos bem que há questões técnicas que incomodam o PS, mas temos mais confiança na luta da juventude e sabemos bem que os jovens sabem bem que «de parvos» não têm nada! «De parvos» os jovens portugueses não têm nada!! Por isso, para combater estas concepções retrógradas da parte do Partido Socialista, do PSD e do CDS, os jovens vão sair à rua, dia 19 de Março, na manifestação nacional convocada pela CGTP, vão sair à rua dia 1 de Abril, na manifestação»

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Ah»! Afinal, não ç o diploma que interessa! É a manifestação!»

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — » convocada pela Interjovem contra os baixos salários, o desemprego e a precariedade e vão, naturalmente, sair à rua no próximo dia 12 para lutar pelo direito a uma vida melhor.

Aplausos do PCP.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, passamos à apreciação, na generalidade, dos projectos de lei n.os 289/XI (1.ª) — Proíbe o recurso à contratação de trabalho temporário ou estágios não remunerados e à prestação de serviços para desempenhar funções subordinadas e permanentes na Administração Pública (BE) e 543/XI (2.ª) — Determina a conversão dos falsos «recibos verdes» na Administração Pública, bem como dos contratos de emprego inserção, em contratos de trabalho efectivo (PCP).
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: o Bloco de Esquerda traz de novo a Plenário um projecto de lei que visa proibir o recurso a trabalho temporário na Administração Pública e também a existência de estágios não remunerados para desempenhar funções subordinadas e permanentes na Administração Pública.

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