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32 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Mas mentiu na campanha eleitoral!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » com a legitimidade do voto popular.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Mentiu na campanha eleitoral!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Essa é uma razão para eu estar aqui. A razão para a Sr.ª Deputada estar aí é que não tem essa legitimidade para falar em nome dos portugueses.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Mentiu na campanha eleitoral!

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, passamos à segunda ronda de perguntas ao Sr. Primeiro-Ministro.
Estão inscritos oito Srs. Deputados.
Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado José Moura Soeiro.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, decidiu pôr a realidade de lado e trazer a este debate um discurso ideológico para defender que a missão e o fundamento da esquerda é olhar para a realidade e ficar calado. Pelo contrário, nesta bancada, Sr. Primeiro-Ministro, não temos vocação para o silêncio.
Por isso, queria falar-lhe das gerações sacrificadas e do combate à precariedade, porque o combate à precariedade não é uma questão de atitude ou de acreditar, é uma questão de escolhas muito concretas.
Era possível uma maioria trazer justiça aos recibos verdes? Era, mas o Governo preferiu um Código Contributivo para perpetuar a ilegalidade.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Era possível uma maioria acabar com este abuso e celebrar contratos? Era, mas o Governo preferiu esconder os recibos verdes nos Censos e manter esta situação.
Era possível uma política de justiça fiscal que acabasse com o segredo bancário e com a fraude? Era, mas o Governo preferiu poupar nos pobres e tirar a bolsa a 20 000 estudantes.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — É verdade!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Era possível pôr fim ao roubo das empresas de trabalho temporário? Era, mas o Partido Socialista tem na sua bancada o «provedor» dos patrões das empresas de trabalho temporário, que alugam as pessoas e ficam com metade do seu salário,»

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Uma vergonha!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — » empresas que nunca cresceram tanto como no seu Governo: mais de 600 000 trabalhadores temporários.
São essas escolhas parvas que têm de ser censuradas.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — «Escolhas parvas»?!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — O Sr. Primeiro-Ministro vem aqui falar de realismo, mas a realidade desta geração low cost morde-lhe cada palavra: em 10 anos quadruplicaram os desempregados licenciados.

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